ZELITA VERZOLA

Dos Estatutos

Por Zelita Verzola | especial para GCN
| Tempo de leitura: 1 min

Dona Cotinha, 90 anos, muitos deles vividos na roça. Analfabeta. Thiago de Melo, poeta amazonense, falecido no último dia 14. Os dois não se conheceram, mas têm um pensamento forte em comum: a maior dor é não poder dar amor a quem se ama. A cabecinha branca da anciã se inflama ao lembrar-se da filha que se foi pra cidade longínqua e nunca mais voltou ou deu notícias.

O escritor registrou nos “Estatutos do Homem”, talvez o seu poema mais conhecido, a mesma dor. Está no Artigo VIII. Dos estatutos de vida de Dona Cotinha e dos estatutos que Thiago de Melo escreveu para o ser humano, assoma, entretanto, o amor fraterno, universal. Esse sim passível sempre de ser doado a todos e em abundância.

                                                                                                                                                                                                                     

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