
O grupo Cão que Mia atua há mais de 15 anos acolhendo cães e gatos em situação de rua e vulnerabilidade em Franca. O grupo cuida de cerca de 250 animais, que ao todo consomem 90 quilos de ração diariamente. Além de alimento e abrigo, os bichos também são levados para clínicas veterinárias, onde recebem tratamentos.
A Cão que Mia foi fundada pela professora aposentada Maria Luísa Rosa. Ela tem uma compaixão muito grande por animais desde pequena. Aos 7 anos de idade, acolheu um cachorro abandonado, e a partir desse dia, sempre que pode ajuda animais em condições de vulnerabilidade.
No início do grupo, há 17 anos, os animais recebiam cuidados da Cão que Mia em um local pequeno. Após quase um ano de existência, devido às boas ações de acolhimento animal, um terreno de 5.000 m² foi doado para essa finalidade, e ali erguido o canil e o gatil onde hoje ficam os 200 cães e 50 gatos.
Com ajuda de apenas um funcionário, diariamente a aposentada alimenta os bichinhos, limpa os locais e leva os animais para o veterinário. Além desses cuidados, Maria explica o que faz para que não ocorram confusões entre os animais. “Eu os divido. Nem sempre é pelo tamanho, e sim pelo temperamento”, diz ela.
“Dois animais de índole forte ficam em locais separados. Existem animais que não se dão bem com nenhum outro, então ficam sozinhos. Alguns se dão bem em um grupo, e em outro não. Então testamos bem o comportamento do animal, para alojar eles em um grupo harmônico, onde não ajam brigas ou constrangimentos entre eles”, relata.
O grupo também conta com a ajuda de cinco voluntários fixos que ajudam a Cão que Mia fora dos cuidados feitos no canil e gatil, realizando serviços como a organização das redes sociais, divulgação do projeto e desenvolvimento de banners, dentre outros.
Para a alimentação dos 250 animais, são necessárias perto de três toneladas de ração por mês. Maria utiliza sua aposentadoria para pagar parte dessa alimentação, mas isso não é o suficiente, então ela conta a ajuda de doações.
Para quem se interessar em realizar doações para a Cão que Mia, duas casas de rações fazem um preço especial para itens que forem doados: a Fórmula Pet, no Parque Progresso e a Frandogs, na Cidade Nova. Outro ponto, mas que apenas recebe doações, mas não vende rações, é a empresa Bluebusiness Coworking, no Centro.
Além de rações, a Cão que Mia também aceita cobertores, roupinhas, toalhas e remédios, e qualquer outro tipo de ajuda é bem-vinda, sendo apenas necessário combinar com antecedência com o grupo através do Instagram @caoquemiafranca. O grupo também recebe doações através do pix: 071.773.838-83 (CPF).
Um dos objetivos do projeto é dar um novo lar para os animais. Através das feiras de adoções promovidas pela Cão que Mia, os cães e gatos podem ser adotados por famílias que tenham interesse.
Para adotar um bichinho, é preciso ser maior de idade e passar por um questionário, além de assinar documentos que comprovem a adoção. Dos animais abrigados pela Cão que Mia, cerca de 70% dos bichinhos são idosos, tem algum problema de saúde ou deficiência. Esses animais não podem ser doados, pois precisam de acompanhamento especial.
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