BALTAZAR GONÇALVES

Assento 20

Por Baltazar Gonçalves | especial para GCN
| Tempo de leitura: 2 min

Esta semana a Academia Francana de Letra anunciou os resultados da eleição, interna e secreta, apenas entre os imortais acadêmicos. O ingresso e futura posse de três novos membros agitou as mídias dividindo destaque nos noticiários locais com as atrocidades que infelizmente vemos espalhadas pelo Brasil.

Duas mulheres e eu fomos eleitos. Ingressar na Academia Francana de Letras nesse momento da História do Brasil ao lado de Regina Bastianini e Vanessa Maranha é uma conjunção astral singular.

Sou grato aos que vieram antes, e aos que estão hoje na lida fazendo o agora acontecer. Preservar a tradição impulsionando a roda da História acrescentando o frescor da esperança nos tijolos da construção é tarefa de bravos; e diferente do que se possa apregoar, acontece no dia a dia de cada um de nós.

No entanto, uma vez eleito a fazer parte dessa confraria, a responsabilidade trazida ao peito é grande. A AFL é esta honrada instituição que representa o que de melhor o povo francano produziu em suas letras, é guardiã do mais nobre capital cultural e imaterial que não se compra nem pode ser vendido: tesouro da nossa gente, orgulho do interior paulista.

A AFL é um espaço de diálogo, ponte entre tradição e vanguardas; também construto a ligar quem escreve a quem lê num processo contínuo de promoção da cultura local. Por aqui passaram grandes vultos da História, desde o imperador Pedro II a Carolina Maria de Jesus, de Ygino Rodrigues a Abdias do Nascimento. Independente de classe social, etnia, raça, credo ou religião, o que nos moveu até o presente continuará a nos legar sonhos, um Brasil inclusivo, diverso e letrado.

A intenção desse texto, a princípio, era apresentar aos leitores que ainda não o conhecem quem é o verdadeiro imortal cujo assento número 20 devo assumir e honrar enquanto houver fôlego nos meus pulmões: o grande poeta Ygino Rodrigues. Mas, é como se diz, de boas intenções todo lugar está cheio...

Espero que esse texto, na verdade um comentário estendido, possa dar aquele gostinho de saber o que Depois eu contA, e imaginar o que vem pela frente quando a gente “trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!” fazendo o que acredita ser missão na vida: escrever!

Sobre o imortal poeta Ygino Rodrigues, depois eu conta...

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