O ex-padre Ernani Maia dos Reis, fundador do Mosteiro Santíssima Trindade, na cidade de Monte Sião (MG), e criador do curso Caminho de Emaús, foi acusado de abusar de 19 monges - com oito deles o abuso foi sexual. A acusação foi feita em uma longa reportagem publicada pelo UOL na manhã desta quinta-feira. Segundo a matéria, após se desligar da Igreja Católica em 2018, Ernani se mudou para Franca e passou a atuar como psicólogo em uma clínica no Centro da cidade.
Segundo a matéria do UOL, que conta com depoimentos das vítimas, enquanto atuou como líder do mosteiro, de 2011 a 2018, Ernani praticou abusos contra os monges que vivam no local em regime de clausura e castidade. Além de abuso sexual, o ex-padre também é acusado de abusar moralmente de 10 monjas e de um monge.
Em 2018, quando algumas das vítimas chegaram a denunciar o padre à Diocese de Pouso Alegre, que responde por Monte Sião, Ernani pediu para se afastar da igreja, alegando "crise vocacional". Logo depois, ele teria sido internado em uma clínica na região metropolitana de Curitiba até que decidiu largar a batina definitivamente. Na sequência, ele se mudou para Franca.
O mosteiro na cidade de Monte Sião é muito conhecido pela comunidade católica de Franca, principalmente da comunidade Tenda que, com frequência, realizava visitas à cidade mineira em busca de contato com os monges. Centenas de pessoas de diferentes partes do Brasil visitavam o local todos os finais de semana.
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