“Foi a vida inteira dentro de uma farmácia. Ele era uma pessoa muito especial, ouvia todo mundo de uma forma diferente. Era uma espécie de um psicólogo para seus clientes. Ele nunca pensou em apenas vender, ele queria saber o que acontecia com a pessoa. Como ela estava. Sempre sorrindo, era assim que ele era”, disse sua esposa Marluce Giolo de Castro. 

Ainda segundo Marluce, ela e o marido contraíram o vírus, mas no caso dela somente a perda de olfato e paladar foram sentidos.  

“Foi muito rápido. Eu peguei primeiro e como sempre estávamos juntos ele pegou também. Eu tive poucas sequelas, perda de olfato e paladar. O dele foi progressivo, depois de uma semana já apresentou um problema respiratório e quis ir ao hospital. Depois disso, ficou 17 dias internado e não resistiu. É uma dor imensa”, continuou a esposa. 

Vieira já havia tomado a primeira dose da vacina e a segunda estava marcada para este mês de agosto. Com a vida inteira na farmácia, os três filhos de Vieira também seguiram o ramo do pai. 

“Ele era um verdadeiro camisa 10. Um cara que vai deixar muita saudade. Aprendemos muito com ele, tanto na farmácia como na vida. Vai deixar um legado de ensinamento para os que ficaram. Os filhos sempre do lado, trabalhando com a mesma coisa que ele fazia”, disse o cunhado Marcelo Giolo.

Vieira era casado, deixa três filhos e dois netos. Ele foi velado no memorial Nova Franca durante esta segunda-feira, 16, e sepultado no Cemitério Santo Agostinho.