“Lembrai-vos da mulher de Ló. Qualquer que procurar salvar a sua vida perdê-la-á, e qualquer que a perder salvá-la-á”. (Lucas. 17.32-33)
Todos os exemplos que ficaram registrados na Bíblia devem ser observados com cuidado. A mulher de Ló é na verdade um fortíssimo exemplo de alguém que perdeu a benção por não dar ouvido a voz de Deus. Seu erro trágico foi amar as coisas terrenas mais do que as celestiais. No versículo destacado acima, Jesus estava ensinando acerca da sua vinda repentina e usa o exemplo da esposa de Ló, para nos advertir. Mas o que fez de tão grave? Bem, antes de falar da mulher de Ló, torna-se necessário falar um pouco sobre o seu marido. Ló era sobrinho de Abraão, e quando Deus fez um chamado para o pai dos hebreus, ordenando que ele saísse do meio de seus parentes, levou consigo seu sobrinho Ló. Desta forma, à medida que Deus foi abençoando Abraão, seu sobrinho, também provou da mesma prosperidade, a ponto de em certo momento, o espaço ficar pequeno, para os rebanhos dos dois. Como Abraão, não era um homem de contenda, e muito embora tivesse todas as prerrogativas de escolher o melhor lugar para se alojar, deu o direito a seu sobrinho escolher o local onde queria se instalar. Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão e partiu Ló para o Oriente; e apartaram-se um do outro.
A grande falha de Ló, foi amar as vantagens pessoais, mais do que abominar a iniquidade de Sodoma, pois a região que escolheu para habitar com sua família, era a mais promíscua da época. Se tivesse amado profundamente a retidão, isto o manteria separado dos maus caminhos daquela geração ímpia. Ele, porém, tolerou o mal e optou por morar na cidade do pecado. É possível que ele tenha raciocinado que as vantagens materiais compensariam os perigos, e que tinha forças espirituais suficientes para permanecer fiel a Deus. Com isto em mente, ele, juntamente com sua família, foram expostos à imoralidade e a impiedade de Sodoma. Só então, ele aprendeu a amarga lição que sua família não era forte suficiente para resistir às influências malignas de Sodoma. A grande verdade, caros leitores, é que tudo tem limites, e a medida de pecado de Sodoma e Gomorra, chegara ao máximo, e Deus decide eliminar do mapa aquela cidade. Depois de uma poderosa intercessão de Abraão em favor de seu sobrinho, Deus manda dois anjos na casa de Ló, para salva-los da destruição. “E aconteceu que, tirando-os fora, disse: Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças” (Gn. 18.17). Todavia, a ordem de Deus, através dos anjos era para não olhar para trás. Mas, como o coração da esposa de Ló estava naquela cidade, diz o Texto; “E a mulher de Ló olhou para trás e ficou convertida numa estátua de sal”. Portanto, caro leitor, ao olhar para este texto e observar a importância que Jesus deu a este acontecimento, a ponto de fazer menção no seu sermão, sou levado a concluir que, aquele que pretende seguir a Cristo, não pode olhar para trás. Aliás, a própria Palavra diz, que: “aquele que lança mão ao arado e olha para trás, não apto para o reino de Deus”. Então, o melhor a fazer, é olharmos para frente, olhando sempre para Jesus, o autor e consumador da nossa fé.
Deus vos abençoe.
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