O 15º BPM/I (Batalhão de Polícia Militar do Interior), localizado em Franca, ministra um curso para a formação de soldados da Polícia Militar e, durante este ano, conta com 61 alunos da própria cidade, municípios vizinhos, além de Minas Gerais, Goiás e do Distrito Federal.

O capitão Fabiano Cunha de Melo é o policial que conduz o curso, que tem duração de um ano e é completamente ministrado em Franca. “Ordem unida, hierarquia e disciplina são ensinadas. Nós também temos a questão da formação de direito. Temos também a parte de policiamento ambiental, onde há instrutores da Polícia Ambiental, que passam esse conhecimento, e temos atividades de pronto-socorrista, onde naturais do Corpo de Bombeiros têm esse conhecimento.”

Segundo o capitão, a formação de soldados é feita em todo o Estado de São Paulo, mas é dividida em vários núcleos, sendo o 15º BPM/I um desses locais.

“Na década de 1990, o curso começou aqui. Houve depois um entendimento da Corporação em fazer uma formação única em alguns locais. Então, Franca acabou deixando de fazer a formação por um período e, por volta do ano de 2010, mais ou menos, a gente voltou a fazer no 15º BPM/I. Desde então, não paramos mais.”

Para aqueles que vêm de outras cidades e Estados para realizar o curso e não têm parentes na cidade, há a possibilidade de passar a noite no próprio Batalhão. Mas, geralmente, isso não acontece, explica o capitão. “Tem alojamento, mas eles acabam optando em se agruparem em repúblicas.”

Devido ao curso ser integral, os alunos almoçam no refeitório do Batalhão e recebem um auxílio financeiro. “Desde o início da posse, eles já recebem um salário. A rotina deles, por enquanto, é a de somente estudar. Mas, no segundo semestre, eles já começam a ser empregados em estágios operacionais”, diz o policial. Segundo ele, o salário é em torno de R$ 3,5 mil.

A aluna do curso de formação de soldados, Priscila Ávila, conta que é a primeira policial da família. Ela já possui graduação e pós-graduação, mas a vontade de se tornar uma policial militar falou mais alto. “Eu trabalhei em uma empresa numa balança de pesagem na estrada, e conheci o pessoal da Polícia Rodoviária. Foi aí que me encantei pela profissão, acho ela muito bonita e também muito correta, e por conta deles que eu resolvi estar buscando essa profissão.”

Diferente de Priscila, alguns alunos possuem familiares militares, como é o caso de Fabiano Teixeira de Souza. Ele conta que seu pai foi o maior incentivo para ele ser policial militar.

“A partir do momento que você assina a posse, já começa a mudar completamente a sua vida. É bem desafiador. A parte física e a parte intelectual são bem forçadas. Mas, é uma coisa que faz a gente crescer como pessoa e realmente como profissional.”

Para os interessados no curso, é exigido o ensino médio completo, idade mínima de 18 anos e máxima de 30 anos, mas que pode variar de edital para edital, conta o capitão Fabiano. Vale lembrar que além desses requisitos, para conseguir a vaga, o inscrito passa por uma prova teórica e um teste físico.

Segundo o policial, há também a fase da investigação social, quando é pesquisada a ficha de antecedentes criminais do candidato, e por fim, um exame psicológico e outro médico.

Durante o curso deste ano, 2.098 soldados foram selecionados em todo o Estado de São Paulo, e o capitão deixa uma recomendação para quem deseja fazer parte da PM: “A gente aconselha que sigam nossas redes sociais, pois constantemente a Polícia Militar divulga a abertura de novos concursos, e também sai no Diário Oficial do Estado, que é a ferramenta oficial da divulgação.”