PAUSA NO TRATAMENTO

Medicamentos contra hanseníase estão em falta há quatro meses

Por Heloísa Taveira | da Redação
| Tempo de leitura: 1 min
Reprodução
Medicamento contra hanseníase deve ser entregue aos pacientes apenas em março
Medicamento contra hanseníase deve ser entregue aos pacientes apenas em março
A poliquimioterapia, usada no tratamento da hanseníase, não é encontrada há pelo menos quatro meses. A doença, também conhecida como lepra, pode ser curada com 6 a 12 meses de uso de medicamentos, mas pacientes relatam retrocesso no tratamento com falta de remédio no município. 
 
É o caso da Naiara Silva, de 32 anos. A operadora de loja fazia o tratamento da hanseníase por meses, mas teve de interromper na metade, pela falta do remédio. “É um absurdo o que está acontecendo, é uma doença que acaba com a gente. Eu estou perdendo as forças em meus braços e pernas e não tenho mais sensibilidade nas mãos”, disse. A doença causa manchas na pele, dormência, fraqueza nas mãos e pés e perda da sensibilidade. 
 
Naiara conseguiu a medicação pela última vez no dia 24 de novembro. “Já fui na Defensoria, mandei documentação pedindo para o defensor entrar com uma ação para tentar conseguir o medicamento, mas até hoje nada. Quando eu vou no hospital, eles só falam que não tem previsão.”
 
A poliquimioterapia é uma cartela de medicamentos que só é encontrada no SUS. De acordo com Naiara, os funcionários do hospital afirmam que a falta da cartela é justificada pela pandemia, já que o medicamento vem de fora do país. 
 
Em resposta, a Prefeitura de Franca afirmou que a cartela faz parte do grupo de medicamentos estratégicos adquiridos e disponibilizados pelo Ministério da Saúde aos Estados e municípios e que “em contato com a farmácia do DRS-VIII, a secretaria foi informada que o medicamento estará à disposição do município no início de março”.

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