A falta de leitos de UTI SUS em Franca obrigou a transferência do pastor Hélio Osório Feliciano Filho, de 55 anos, para a Santa Casa de Ipuã. Apesar da verdadeira Via Crucis vivida pelo religioso, ele não resistiu e morreu na última segunda-feira, 25, vítima de complicações do coronavirus. Ele deixa a mulher, Maria Elaine, e dois filhos, Pâmela e William.

Pastor Hélio começou a passar mal em 1° de janeiro. No dia 10, ele procurou o Pronto-socorro “Álvaro Azzuz”, onde foi medicado e submetido ao teste da covid-19. Em casa, o homem começou a sentir falta de ar e baixa saturação e retornou ao PS, no dia 16. Como o resultado do teste ainda não havia saído, a família pagou um teste particular e o resultado foi positivo para o novo coronavirus.

No dia 17, ele foi entubado no “Álvaro Azzuz” para preservar os órgãos. Ainda lúcido, o pastor disse aos familiares que lutaria para continuar vivo. Como não havia leito de UTI SUS disponível em Franca, Hélio foi encaminhado para a Santa Casa de Ipuã, no dia 19 de janeiro. A partir de então, a família ligava todos os dias às 21h no hospital para saber o estado médico do pastor.

"Passamos uma semana muito difícil, tensão nos plantões e boletins. Os médicos diziam que o pulmão dele não estava respondendo", disse a filha Pâmela Machado Feliciano.

Sem sucesso, a equipe médica tentou retirar a sedação na última sexta-feira, 22. No sábado, 23, o pastor apresentou regresso no quadro de saúde. O médico tentou acordá-lo no domingo, 25, entre as 21h e 22h, logo começou uma parada cardíaca e veio a óbito na madrugada dessa segunda-feira.

Hélio pastoreou a Igreja Assembleia de Deus do Jardim São Francisco. Atualmente, ele estava na Assembleia do Jardim Palma. Residente do Jardim do Éden, o francano era muito querido pela comunidade religiosa, familiares e amigos.

O corpo do pastor foi sepultado na tarde de segunda-feira no cemitério Santa Agostinho.