RÉVEILLON

Ranchos lotam com festas de fim de ano; Rifaina deve receber 6 mil pessoas

Por Higor Goulart | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Higor Goulart/GCN
Ranchos em Peixoto já estão cheios desde o Natal
Ranchos em Peixoto já estão cheios desde o Natal
Enfim, chegou o fim de ano e a busca por locais onde serão comemoradas as festas aumenta. Seja entre família ou amigos, uma das grandes alternativas são os ranchos em cidades vizinhas, como em bairros de Pedregulho e Ibiraci (MG), além de Rifaina. Por isso, muitos francanos e moradores da região já têm se direcionado para a beira d'água, seja em ranchos próprios ou alugados. 
 
Somente em Rifaina, cidade conhecida por sua praia artificial - que estará fechada pela pandemia e não terá os famosos shows e festas da virada -, mais de seis mil pessoas devem se direcionar para o entorno da represa de Jáguara.
 
Segundo o secretário de governo de Rifaina, Alcides Santos, o "Cidinho", todos os ranchos estão alugados, mas sem permissão de festas com estruturas montadas. “Os ranchos alugados estão sem restrições para as famílias, desde que não realizem eventos com montagem de estruturas.”
 
A preocupação, no entanto, fica para os chamados alugueis fictícios. “Podem ocorrer de aluguéis fictícios, enganando os proprietários e organizando festas, como ocorreu em novembro (no feriado de Finados), onde houve até um óbito por overdose de um jovem.”
 
Para conter a realização destas festas, a cidade contará com os apoios da Polícia Militar de Franca (que contribuirá com 20 homens), Marinha do Brasil e a Guarda Municipal – este, responsável pela fiscalização. Além disso, eventos já descobertos estão sendo encaminhados para o Ministério Público. 
 
Já em Peixoto, região banhada pelo Rio Grande, o movimento acontece desde o dia 20 de dezembro, com comemorações já para o Natal. O grande movimento contribui também para o comércio local, pelo menos é o que conta Luiz Antônio Faria, gerente do supermercado ServBem.
 
“Nessa época, o movimento costuma ser muito alto e, mesmo na pandemia, muita gente tem rancho aqui e acaba vindo para cá na cachoeira. E desde o Natal o pessoal já está descendo.”
 
O francano Ronaldo Andrade é um dos que passará o Ano Novo no local, junto a sua esposa e filhos. “Creio que os ranchos estão todos alugados. Aqueles que não alugaram vão passar com a família, que eu sei. Eu, por exemplo, arrendo o meu rancho. Mas tem alguns dias que ficaram para eu ir fazer manutenção e coincidiu de no Ano Novo cair para mim. Então, vou com a minha esposa e meus filhos para aproveitar o fim de ano.”
 
A respeito da procura por ranchos em Peixoto e o alto movimento, Ronaldo diz que é por conta da beleza da região e sua riqueza. “Peixoto é muito famoso, né? Muito valorizado. Então costuma ir muita gente de Franca e da região inteira. A riqueza natural de Peixoto é muito grande. Então, isso atrai muito as pessoas. Ainda mais que as represas lá de cima, como Rifaina, estão com problemas de água, o pessoal está buscando mais lá.”
 
Já Nadir Castro, também proprietário de um rancho no local, conta que a festa antes planejada não deve acontecer, mas que, ainda assim, aproveitará o momento com sua namorada. “Já vai ser o quarto ano que estou indo. Mas eu costumo ir para passear em duas pessoas, ver os fogos, assistir televisão e dormir. Agora vamos eu e a minha namorada, já que tivemos problemas no resto da família. Os ranchos vizinhos costumam ser muito movimentados.”
 
Sobre os fogos citados por Nadir, o mesmo não deve ocorrer neste ano. Por conta da pandemia, Ronaldo conta que uma homenagem para aqueles que foram levados pela covid-19 deve acontecer. “Eu, particularmente, não solto fogos não. Inclusive, o pessoal está cogitando soltar balões brancos, em respeito às mortes pela covid-19. Só que nos anos anteriores tinham bastante fogos. Era bem bonito. Mas esse ano, o pessoal está optando por isso.”

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