LUTO

Defensora dos deficientes visuais, morre Edna Doca Lopes aos 88 anos

Por Higor Goulart | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Edna Doca Lopes, 88, foi vítima do coronavírus
Edna Doca Lopes, 88, foi vítima do coronavírus
Uma das grandes líderes pela inclusão de deficientes visuais na sociedade, a professora Edna Doca Lopes morreu no último domingo, 8. Aos 88 anos, a idosa estava internada no Hospital do Servidor, em São Paulo, e não resistiu a uma infecção em decorrência da covid-19.
 
Presidente durante anos da Sociedade Francana de Instrução e Trabalho para Cegos, Edna perdeu sua visão ainda na adolescência, mas isso não a fez desistir. A deficiência, inclusive, serviu para inspirar outros cegos, que foram seus alunos na Sociedade. 
 
“Ensinou muitos a enxergarem além dos olhos da positividade. Tanto que essas características são perceptíveis em seus alunos que lutam com muita alegria, apesar da ausência da visão. Nos ensinou o vocabulário em Braile com os olhos fechados, em nossas oficinas na biblioteca e incentivou os jovens a sonhar e agir”, publicou Cida Costa, no Facebook.
 
Assim como Cida, Maira Oliveira também foi outra a usar suas redes sociais para homenagear aquela que descreve como “a mãe de uma geração inteira de meninas e meninos cegos a quem ensinou, educou e guiou com sua sabedoria e luz própria”. 
 
Além dessa participação em defesa aos deficientes, Edna também se tornou conhecida por todas as atividades que fazia e características que a marcaram, como lembram ambas as mulheres. “Grande amiga e companheira de passeios, massagista espetacular. Fazia tricô, tocava violão e teclado, cantava com muita alegria. Foram muitas risadas”, recorda Cida.
 
Homenageada em 2015 pelo GCN, com o prêmio na categoria Empreendedora Social do Top Franca, Edna não era natural da cidade, mas sempre teve um grande amor por Franca. “Não era de Franca, mas amava essa cidade. Contribuiu com o desenvolvimento da cidade através da formação acadêmica e profissional das pessoas com necessidades especiais”, finalizou Cida.
 
Apesar da morte em São Paulo, o corpo de Edna foi sepultado na última segunda-feira, 7, no cemitério Jardim das Oliveiras, em Franca.

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