Um pensamento utópico

Por Toninho Menezes | 08/11/2020 | Tempo de leitura: 3 min
Especial para o GCN

Caros leitores, em razão dos acontecimentos na eleição presidencial americana, que até então era considerada exemplo servindo de norte para a democracia mundial, e de uma hora para outra se tornou motivo de críticas e sátiras, pois ninguém sabe ao certo o que é mentira ou verdade, se o sistema eleitoral daquela forma existente funciona ou não, se os dados divulgados estão corretos, se os votos pelos Correios recebidos após o início das apurações são válidos, se a proibição do acompanhamento nos locais de apurações é democrático, se o sistema garante que não há violação e fraude etc. Assim resolvemos abordar assunto polêmico que de longa data estudamos e que no nosso humilde entendimento deve ser alterado para que ocorra uma evolução na forma de se viver em sociedade. O assunto trata da forma como são feitas as leis em todo o mundo, pois por trás de um “pano” que defende a busca pela democracia, quem analisa e pesquisa vê que a maioria dos detentores dos Poderes legisla, mais em suas causas próprias e permanente dominação do que numa efetiva busca de vida social harmônica entre todos os cidadãos.

O que é a lei? Aprendemos desde os tempos de estudos na Caserna, que a lei é a força comum organizada para fazer obstáculo à injustiça. Sua principal missão é garantir que não exista nenhum domínio que venha a usurpar o direito de outro. Assim não podemos aceitar que alguns possuam poder absoluto sobre nossas pessoas, nossas propriedades, nossas consciências, nossas vontades, nossos sentimentos, nossos trabalhos, nossa cultura, nossa educação, nossa autodeterminação etc. A lei tem unicamente, portanto, por missão principal, a organização dos direitos individuais e coletivos, pois tais direitos preexistem às leis, e sua única missão (da lei) é cercá-los de garantias.

Com o passar dos tempos o Poder do Estado se tornou imenso, chamando pra si a determinação de toda forma de agir de seus administrados, seja de que categoria ou classe social pertença, discernindo e decidindo pelos seus cidadãos através de leis.

O Estado, através de seus legisladores, por décadas e décadas vem abraçando pra si toda a responsabilidade. Porém, o Estado não consegue atender os anseios dos cidadãos, pois vejamos alguns exemplos: o Estado se encarregou de garantir todas as aposentadorias, mas não consegue; se encarrega de compensar todos os infortúnios e não consegue sequer fazer frente a problemas naturais de um ano para outro; dentre vários outros que poderíamos citar.

Os líderes políticos sempre afirmam que se a sociedade for liberada para que auto determine suas vontades próprias, fatalmente correrão para um final trágico, pois os “instintos humanos” são perversos. Assim, tais detentores do Poder, se intitulam acima dos outros cidadãos, pois acreditam terem recebido inteligência e capacidade em níveis superiores aos dos seres humanos comuns. Com tais argumentos, afirmam que só eles podem dar uma direção melhor para todos habitantes desse “planetinha” chamado Terra.

Ora, mas não é isso que estamos vendo nos últimos tempos, muito pelo contrário, nossas autoridades detentoras do Poder nos vêm como membros de

um rebanho e eles são os pastores que determinam todas as ações da forma que melhor entendem.

Será que dentre todos os cidadãos, não exista alguém que recebeu da natureza capacidade suficiente para também inventar e criar uma utopia? Uma nova forma de convivência social.

Enfim, o Estado somente enxerga os cidadãos obstaculizados pela lei. É aí que está o problema a ser estudado e debatido pelas próximas décadas, pois da forma como se encontra o sistema de vida em sociedade, a cada dia está mais desacreditado.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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