Aprendemos nas instituições de ensino superior que freqüentamos, que a palavra Estado sempre teria que ser escrita com letra maiúscula. E assim, também passamos a ensinar aos colegas alunos. Porém, com o passar do tempo e pesquisando, chegamos à conclusão que se as palavras povo, sociedade, indivíduo, liberdade, pessoa, instituições etc. são escritas com letra minúscula, não há justificativa plausível para se escrever estado com letra maiúscula, pois não há motivo para que o estado seja uma entidade que esteja acima dos indivíduos, quando na prática o estado deve estar nivelado com seus administrados. Sempre afirmamos aos nossos colegas alunos que formassem suas próprias convicções e opiniões não se deixando manipular, pois o grande ganho da educação está exatamente aí, ou seja, a estimulação dos indivíduos a pesquisarem e aceitarem aquilo que mais lhes convença e responda seus questionamentos.

Cabe aqui uma observação, algumas pessoas que não nos conhecem por vezes fazem comentários infundados, pois nunca fomos filiados a nenhum partido político e não impomos nenhum pensamento “goela abaixo” aos alunos. Basta perguntar aos mesmos.

Como analistas sabemos perfeitamente que uma das ferramentas mais úteis na busca de uma harmônica convivência social está no sistema educacional. Será na educação que se definirá os objetivos da nação e será estabelecido os valores morais, e que por fim regerá o futuro de todas as áreas da vida naquela sociedade. Temos que aproveitar o momento de reformas, valorizando os profissionais da educação que realmente exercem seu trabalho com a responsabilidade que se exige.

Enfim, há um ditado popular: “A filosofia da sala de aula desta geração será a filosofia de vida da próxima geração”. A produção de verdadeiros cidadãos passa pelo que se ensina nas escolas e nós membros da sociedade temos que olhar com muita atenção o que está a se ensinar nas salas de aula. A propósito em países de primeiro mundo em todas as salas de aula há câmeras de filmagem para se evitar qualquer divergência futura. Será que estão errados ou somos nós que estamos atrasados?

Toninho Menezes – Advogado – Professor Universitário