Mais um francano venceu a Covid-19 na cidade. Desta vez, Antônio Marcos Dal Sasso, de 65 anos, foi o vencedor da árdua batalha. Ele recebeu alta do Hospital do Coração no último domingo, 28 de junho, após ficar 41 dias internado por conta da infecção pelo novo Coronavírus.

 

Gabriela Dal Sasso, filha do paciente, conta que a internação de seu pai ocorreu de maneira rápida, mas traumática. “Ele foi levado ao hospital assim que os sintomas começaram a aparecer. Dentro de um tempo de 24 horas, já foi sedado e entubado. Assim que a equipe de médicos nos informou sobre a situação dele, nossa família entrou em pânico”.

 

A filha de Antônio disse que as dificuldades no tratamento foram muitas. “A partir da hora em que ele foi entubado, começou o nosso martírio. No meio do caminho, além de lutar contra a Covid-19, ele teve uma pneumonia bacteriana e embolia pulmonar. Era um misto de angústia, incerteza e desespero. Meu pai foi tratado com antibióticos e recebeu doses de Hidroxicloroquina por cinco dias. Além disso, ele terá de usar anticoagulantes pelos próximos seis meses”, explicou.

 

Segundo Gabriela, a melhora chegou após uma traqueostomia. “As coisas só passaram a melhorar dois dias depois da realização de uma traqueostomia. Aí ele passou a reagir. Quando a médica me ligou e disse que tínhamos vencido a primeira etapa, foi uma alegria. Mas o alívio e a felicidade vieram mesmo neste domingo, quando recebemos a notícia da alta. Agora, ele iniciará a fase de reabilitação e ainda precisa de alguns cuidados com oxigênio, devido às sequelas deixadas pela doença”, explicou Gabriela.

 

A jovem faz questão de agradecer a equipe que tratou de seu pai no período difícil e a torcida de amigos e familiares. “A recepção, equipe de limpeza, enfermagem, psicólogas, nutricionistas, fisioterapeutas e os médicos trataram dele com muito amor, carinho e respeito. Minha família será eternamente grata a eles. Agradeço também os meus familiares, amigos e a Comunidade Tenda de Franca pelas orações”.

Festa

Antônio Marcos foi recebido pelos amigos e pela família com muita festa. “Estávamos todos com muita saudade. Nós o colocamos na porta da sala e fizemos uma carreta de ‘boas vindas’. Assim, ele revia as pessoas e elas também matavam a saudade dele”.

 

Gabriela fez questão de dizer que torçe pela recuperação de todos os infectados e que todo o ocorrido fez com que ela mudasse sua visão da vida. “Tudo isso serviu de lição para nós. As pessoas precisam se conscientizar sobre este vírus. É uma doença sem cura certa. Somente a prevenção pode nos afastar deste perigo”.