O Fim dos Poderes

13/06/2020 | Tempo de leitura: 2 min

Há muitos anos estamos trabalhando em tese e colhendo dados para uma nova forma de vida em sociedade, pois os Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) estão em descrédito e não atendem mais aos anseios e a forma de convivência social. Igualmente os entes federativos (União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios) estão em conflito de competência, um interferindo no poder decisório e ordenatório de outro.

Todos nós nascemos 100% livres, porém como animais políticos que somos, para sobreviver necessitamos viver em grupos. Dessa forma abrimos mão de parte de nossa liberdade, nos subordinando às leis e normas para uma convivência social, em troca de harmonia, defesa e garantia de nossos direitos e segurança em todos os aspectos.

Em nossas pesquisas detectamos que a humanidade de tempos em tempos tem que evoluir a sua forma de gerir suas convivências. Isso é cíclico, pois em média a cada quinhentos anos há uma modificação profunda na forma de hierarquia social, no poder de comando e na forma como é executado.

Toda forma de vida em sociedade surge, é estudada, modificada, melhorada, paulatinamente implantada e vai evoluindo até atingir seu ápice. Posteriormente começa a fase de declínio daquela maneira de se viver e se relacionar em sociedade, até atingir o total descrédito surgindo situações de avanços de um Poder sobre o outro, até que se chegue à conclusão de que daquela forma é impossível se viver em harmonia, pois os detentores dos poderes já não se entendem de forma alguma e um poder passa a usurpar as autonomias e as competências dos outros poderes, acreditando ser superior aos outros. Além de que os cidadãos subordinados e administrados, por poderes que não mais se entendem, passam a não acreditar mais em seus líderes, seja de qual poder for, provocando revolta, descontentamento e falta de credibilidade. Fatalmente desembocam em crise de resistência àquela forma de governança e o desfecho, naturalmente, é se buscar uma nova maneira de se conviver pacificamente em sociedade.

Foi assim que ocorreu quando na Idade Média surgiu o Estado atual, como solução para os problemas advindos daquela forma de convivência social da qual os cidadãos não mais suportavam serem massacrados com altos impostos, cobranças abusivas, leis que não representavam os interesses sociais e julgadores que eram os próprios criadores e executores das leis.

Assim surge a clássica teoria da Tripartição dos Poderes que sobrevive até os dias atuais, porém está em declínio acentuado e colocada em cheque todos os dias, pois os líderes não mais conseguem dar vida e motivação a essa forma de convivência.

Atualmente surgem novas ideias a cada dia, principalmente em busca de uma nova maneira de subordinação social, atrás de alternativas que possam trazer uma convivência social mais harmoniosa, fraterna, que demonstre e pratique efetivamente os interesses dos cidadãos.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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