Duas arquitetas de Franca, Fernanda Caroline e Daniela Cintra, ficaram sensibilizadas com a situação de uma aposentada, Joana Darc, conhecida como “Dona Joaninha”, moradora da Vila São Sebastião, em Franca, e resolveram colocar em prática um projeto social chamado “Corrente Solidária”.
Dona Joaninha morava em uma casa com risco de desabamento, com a fundação abaixo do nível da rua, cheia de infiltrações e rachaduras. Ao tomarem conhecimento da história da aposentada, as duas profissionais, juntamente com o engenheiro Bruno Severo, resolveram ajudar a moradora.
“Ano passado tivemos a ideia de criar esse projeto social, que se chama “Corrente Solidaria”. O projeto tem a finalidade de ajudar a reformar casas de pessoas e proporcionar moradias mais dignas a elas. A casa de Dona Joaninha era construída abaixo do nível da rua e quando chovia a água inundava completamente, molhando todos os móveis e pertences. Além disso, a casa já havia sofrido um incêndio. O resultado disso foi a intervenção do Corpo de Bombeiros, que classificou a residência com perigo de desabamento, pedindo o isolamento da área”, conta Fernanda.
A arquiteta disse também que a casa apresentava outros problemas. “Além de rachaduras a casa também não tinha janelas. Era bem abafado. Além do que Dona Joaninha tem uma filha de 38 anos, com problema mental, e outras doenças como dermatite e diabetes”.
A antiga casa de Dona Joaninha foi demolida e uma nova construção foi iniciada recentemente no sistema de mutirão, com os trabalhos sendo feitos aos sábados. Por conta disso, as duas moradoras foram alojadas momentaneamente na casa de uma outra filha, que fica a uma quadra da construção. “Eu estou muito feliz com essa ajuda. Minha casa estava caindo. Não tínhamos tranquilidade para poder dormir. Estou na casa de uma outra filha aqui perto, mas o proprietário está pedindo a casa que é alugada. Se não fosse essa ajuda não sabia o que seria de nós”, disse Dona Joaninha à reportagem nesta segunda-feira, 25. A filha, que fica um período do dia na APAE, também precisa de doações de fraldas.
Apesar do esforço, a obra está com um atraso no planejamento de entrega, já que as doações caíram e outras prometidas foram suspensas. “As dificuldades aumentaram. No começo várias pessoas se dispuseram a nos ajudar, mas conforme a obra foi avançando etapas, algumas pessoas e empresários pararam com as doações. Contamos com a ajuda de um depósito de materiais para construção (Hidro Silva), mas precisamos de mais colaboradores. Vendemos pizzas para iniciarmos a construção e agora estamos promovendo uma rifa para pagar parte da mão de obra. O próximo passo é buscar doações de materiais para a cobertura da casa, parte hidráulica e elétrica. Apesar das dificuldades, esperamos entregar a nova casa para Dona Joaninha em breve”, finalizou Fernanda, do escritório Tretorri Arquitetura|Engenharia.
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