15 de março

Talvez o mundo ainda tenha possibilidade de vir a ser lugar melhor de se viver; talvez ética, discernimento e respeito pelo próximo

14/03/2020 | Tempo de leitura: 2 min

Talvez o mundo ainda tenha possibilidade de vir a ser lugar melhor de se viver; talvez ética, discernimento e respeito pelo próximo estejam apenas adormecidos e não totalmente banidos do convívio humano. Hoje cedo, tão distante de casa, encontro rapaz chileno da idade dos meus filhos, culto, politizado, estudioso do comportamento humano que, comentando nossos países, afirmou que o problema com os jovens está em que não aprenderam que não se deve aceitar como verdade a primeira opinião que se lhes é apresentada. Que é preciso ouvir, ou ler, ou procurar versões e avaliações diferentes sobre o mesmo fato. Foi ele quem observou, eu apenas ouvi e concordei caladinha, que universitários imediatamente adotam como suas, verdades alheias, principalmente em se tratando de política e avaliações sociais.

Bom, já fui jovem, já fui besta e estúpida, cega e ignorante. Já briguei com muita gente por causa das minhas convicções. Hoje, um pouquinho mais amadurecida, aprendi a me calar, não compro briga, não respondo desaforos, não entro em discussão inútil. E percebo claramente que cada um tem, daquilo que pode chamar de seu, exatamente o que merece. Em todo aspecto e num, em particular, qual seja o de bens e posses. Se o sujeito não recebeu herança, aquele cavalo encilhado, realmente passa apenas uma vez na vida à sua frente. Se ele o pega, monta, doma e conduz, ele vai longe, perto do paraíso. Se não aproveita o momento, acaba chupando o próprio dedo.

Outra lição que aprendi, não dê o peixe, ensine a pescar. E acredite: ingratidão e ódio daquele que foi beneficiado em alguma ocasião, irão se manifestar violentamente quando você, por algum motivo, não o atender.

Quanto ao mais, percebo que o Brasil está crescendo e se tornando forte e respeitado. O rapaz chileno aposta que logo, logo ultrapassaremos seu próprio Chile em infraestrutura e, não demora, teremos a mais forte economia da América Latina. A evidente despreocupação que tínhamos com a natureza parece coisa do passado. Pessoalmente creio que pedófilos e estupradores serão desencorajados a agir, seja pela punição ou pelo medo. Crianças terão sua infância protegida e respeitada. Nesse futuro os direitos de todos estarão garantidos, corruptos e bandidos devidamente presos. Mulheres serão valorizadas – com ou sem tomara-que-caia; a educação brasileira será de qualidade. O agro-negócio prosperará, e irá para os primeiros lugares do mundo. Não vai demorar! Enquanto esperamos, vamos para as ruas exigir mudanças!!


Lúcia Helena Maniglia Brigagão
Jornalista, escritora, professora
luciahelena@comerciodafranca.com.br

  

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

Fale com o GCN/Sampi! Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Receba as notícias mais relevantes de Franca e região direto no seu WhatsApp
Participe da Comunidade

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.