Durante 34 anos, no período de 1976 a 2010, a Câmara funcionou em prédio anexo à Prefeitura, onde hoje funciona a central de atendimento. Com o passar dos anos, o espaço tornou-se pequeno e foi decidido que era preciso de um prédio mais amplo.
Defensores da ideia argumentavam que, além de melhorar o conforto, a mudança daria “independência” ao Legislativo, que vivia há décadas em um puxadinho da Prefeitura.
Em 2008, começou a construção da sede atual por decisão do então presidente Joaquim Pereira Ribeiro. A escolha do terreno não poderia ter sido mais infeliz. Não é por acaso que o bairro se chama Parque das Águas. Além das nascentes que há no subsolo, o local recebe as águas que vem da região da Capelinha em dias de chuvas fortes.
Não demorou para os problemas aparecerem. As obras de construção do prédio tiveram a conclusão atrasada por conta da necessidade de alterar a fundação. A rede de galeria precisou ser refeita. Quando chovia forte, as águas inundavam parte do prédio, que foi construído abaixo do nível da rua.
A inauguração da nova sede da Câmara aconteceu no dia 30 agosto de 2010. A direção comemorou o baixo custo da obra, cerca de R$ 3 milhões. Mas, três meses depois, uma reforma já teve que ser feita para consertar infiltrações e rachaduras no plenário, sala da presidência, ala dos gabinetes e banheiros.
Um laudo realizado no ano passado sugeriu o esvaziamento de parte do prédio. Na última segunda-feira, o plenário foi interditado por causa de desabamento do teto.
Com isso, duas audiências públicas que serão realizadas nesta terça-feira foram transferidas para o auditório do Uni-Facef. Ainda não se sabe se o plenário será liberado para fazer a sessão extraordinária do dia 28 ou se os vereadores serão despejados para outro endereço. O que se sabe é que o prédio terá que passar por uma ampla reforma, que custará alguns milhões aos cofres públicos.
Graça com o chapéu alheio
A forte chuva que caiu em Franca no último domingo causou enchentes, colocou motoristas em perigo e provocou prejuízos. Esperava-se que nos dias seguintes o prefeito anunciasse medidas efetivas para evitar novos transtornos.
Gilson preferiu passar a semana em São Paulo. Foi à Federação de Futebol pedir que o time júnior do Corinthians continuasse jogando em Franca. Na quarta-feira, a Prefeitura convocou entrevista coletiva para anunciar que um jogador da base da Francana foi convidado para treinar no Corinthians.
Gilson tenta pegar carona em uma “conquista” que não é dele. A Prefeitura não tem nada a ver com a transferência do jogador. Foi uma negociação entre dois times de futebol.
A população espera que, da próxima vez, o prefeito convoque coletiva para falar de assuntos relevantes que são de interesse público, como fazer obras de combate a enchente ou para eliminar os buracos que provocam transtornos e graves acidentes.
Falha de comunicação
Janaína Paschoal veio a Franca quinta-feira. Visitou a Sabesp e a Câmara. É uma personagem relevante na história do País. A advogada foi uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e se tornou a deputada mais votada do Brasil ao receber dois milhões de votos nas eleições de 2018. Estranhei a visita não ter sido divulgada.
O prefeito pode aderir?
A Prefeitura publicou decreto ontem regulamentando o seu Programa de Demissão Voluntária. É uma tentativa de reduzir os gastos com a folha de pagamento dos servidores. Interessados em aderir ao PDV, devem se inscrever no período de três de fevereiro a 06 de março.
Tesoura
Zezinho Cabeleireiro deixou o Patriota e se filiou no PP, partido aliado ao prefeito. Disputará as eleições para vereador. Ele ocupa cargo comissionado na Prefeitura e coordena uma das equipes de tapa-buraco.
Fica a dica
Gilson está fazendo de tudo para perder a reeleição. Mas, a oposição aparenta não querer ganhar as eleições...
Edson Arantes
Jornalista
edson@comerciodafranca.com.br
Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.