Com seus 195 anos, as ruas de Franca guardam grande parte da história da cidade. Seus primeiros anos e tudo que fez de Franca a cidade que ela é hoje está gravado em seus prédios e monumentos, construídos ao longo do tempo. Locais presentes no cotidiano da cidade, acessíveis por todos, mas são poucos os que sabem exatamente a história que carregam.
Para celebrar o aniversário da cidade que é conhecida como a Capital Nacional do Basquete e também como a Terra do Calçado e do Café, o Comércio conta um pouco da história de alguns destes prédios, instituições e patrimônios mais antigos e que retratam nas suas nuances, formas, detalhes e histórias os quase dois séculos da cidade.
Com aproximadamente 80 patrimônios materiais e imateriais tombados pelo Condephat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Turístico do Município de Franca), nas próximas páginas o leitor poderá se surpreender com muitas histórias.
A primeira delas - e mais surpreendente - trata do Relógio do Sol. É incrível a história de Frei Germano, o construtor do relógio, um frade nascido na França que foi o primeiro astrônomo de São Paulo e que fez experiências com luz elétrica na Capital quase 10 anos antes de Thomas Edison inventar a lâmpada. Germano acabou vindo parar em Franca, onde além do célebre monumento deixou seu legado em outras áreas.
Também no Centro, a cidade recebeu, pela influência de Monsenhor Rosa, vigário paroquial da época, alguns de seus principais prédios históricos: o colégio Nossa Senhora de Lourdes, o Colégio Champagnat e a Catedral.
Foi ele que, em 1888, convidou as irmãs de São José, com a ajuda de seu amigo e ex-professor Frei Germano, para se instalarem na cidade e se ocuparem da edução das meninas. “As irmãs de São José são uma ordem ensinante católica, dessa forma o prédio já nasceu com o propósito de ser colégio”, conta o professor de história da Unesp e presidente do Condephat, Pedro Geraldo Saadi Tosi.
Depois, para os meninos também seria preciso um instituto educacional. Foi quando o Colégio Champagnat tomou forma. Monsenhor Rosa inermediou a vinda dos irmãos Marista para Franca e, 15 anos após a chegada deles, entrou em funcionamento o colégio que se tornou referência na educação de meninos.
Em 1897, também por intermédio do padre Cândido Martins da Silveira Rosa, nascia a Santa Casa de Misericórdia, hoje um amplo Complexo Hospitalar formado pelo Hospital Central (Santa Casa) e os Hospitais do Câncer e do Coração, onde são atendidos pacientes de mais de 20 cidades da região.
Logo ali, a poucos metros de distância, funcionava uma das maiores perdas históricas do patrimônios de Franca, o Hotel Francano, que também terá sua vez nesta edição especial. No dia 7 de setembro de 1928, era inaugurado o espaço que, décadas depois, após muitas crises, seria demolido. Hoje, uma agência bancária funciona no local.
A paróquia Nossa Senhora da Conceição, Catedral que homenageia a padroeira da cidade e também da Diocese Francana; a Água da Careta; o Relógio do Sol; e a Estação Ferroviária Mogiana são partes importantes da construção histórica de Franca e integram nossa edição especial.
Para finalizar, uma entrevista com o prefeito Gilson de Souza. Ele fala sobre realizações, problemas e desafios dos primeiros três anos de seu governo e o que pretende fazer no último.
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