Bandidos na zona rural

As famílias que possuem áreas de lazer, vivem e trabalham na zona rural, estão abandonadas! Os dados são alarmantes.

26/10/2019 | Tempo de leitura: 2 min

As famílias que possuem áreas de lazer, vivem e trabalham na zona rural, estão abandonadas! Os dados são alarmantes. Há falta de patrulha rural preventiva e quando, nos raros casos, os bandidos são pegos, na maioria das vezes nem ficam presos. E para intimidar e deixar claro que estão fora do alcance da lei, passam nos locais em que cometeram os crimes para afrontar os moradores e demonstrar que estão livres, impunes e vão continuar a invadir as propriedades rurais sem medo algum. O clima de insegurança alterou a rotina rural, deixando desmotivados os que insistem em possuir uma área, a plantar e criar animais. Essa vulnerabilidade é evidenciada por notícias de roubos e ataques, muitas vezes violentos.

Nas últimas semanas os moradores da área rural do Paiolzinho, no Estado de São Paulo e Minas Gerais, nos dois lados do rio Canoas, viveram e estão vivendo situação alarmante, pois efetuaram verdadeiro “arrastão” naquela região, visto que os criminosos atacaram várias propriedades em uma só noite e só não cometeram mais crimes em razão de que a polícia militar de Claraval/MG, mesmo com todas as dificuldades, foi acionada e ali compareceu, inibindo a ação dos bandidos.

Na verdade, nos parece que nossas autoridades não estão nem aí. A propósito, já ouvimos de longa data, em épocas de campanha eleitoral, que seriam instaladas delegacias especializadas na repressão aos crimes rurais. Mas, muito pelo contrário, governadores, principalmente os paulistas, retiraram o pouco de prevenção que ainda existia. Nos dias atuais, quando os pequenos produtores conseguem ligar para a polícia paulista no número 190, os atendentes sequer sabem o que é Paiolzinho. Querem endereço, pontos de referências, detalhes etc.

O produtor que mora longe da zona urbana fica refém dos criminosos e deve ter o direito de ser defendido pelo Estado. Como o Estado não consegue dar uma resposta mínima, o próprio Estado não poderá futuramente reclamar que perdeu o controle, como ocorre hoje nas favelas, pois já há movimento entre os ruralistas no sentido de se defenderem, seja se armando dentro das propriedades rurais, seja pela contratação de seguranças “armados” etc.

Quando o presidente Bolsonaro liberou o porte de arma em toda a propriedade rural, ouvimos muitos comentários contrários, porém acreditamos que se não houver políticas públicas sérias e efetivas punições para os meliantes, aos cidadãos de bem não restará alternativa a não ser se armarem e defenderem suas famílias e seus patrimônios.

Enfim, somente quem sofreu ou se encontra ameaçado pela violência do campo é que pode mensurar a necessidade de se armar. Aos que falam, mas nunca vivenciaram tal situação, façam e efetuem reflexão imparcial!


Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
toninhomenezes16@gmail.com
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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