Chanceler fundador da Unifran (Universidade de Franca), Clóvis Eduardo Pinto Ludovice morreu na noite desta sexta-feira, 4 . Ele completaria 78 anos no próximo dia 13 de novembro. O advogado estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital São Joaquim desde o último dia 26 de setembro com insuficiência respiratória. Na manhã de hoje a assessoria do hospital já havia confirmado que o estado de saúde dele inspirava cuidados. Nas redes sociais amigos e familiares pediam por orações para o empresário. Clóvis Ludovice era casado com Maria Teresa Segantin Ludovice, diretora da Toulouse Lautrec. Além dela, deixa quatro filhosFrederico, Fernanda, Fabrissa e Felipe - e oito netos e muitos amigos.
Em agosto do ano passado Maria Teresa Segantin concedeu uma entrevista ao jornal Comércio da Franca. Na ocasião, falou um pouco sobre sua história com o marido que conheceu há quase duas décadas, assim que chegou na cidade. "Vim para Franca faz 18 anos, conheci meu esposo no meu primeiro dia de trabalho (...) Temos uma vida muito tranquila, muito calma. Somos nós dois. É um pelo outro. O Clóvis é meu grande incentivador, professor, grande exemplo como empresário e educador", disse à época.
Natural de São Carlos, antes de chegar à Franca na década de 70, Ludovice morou em Ribeirão Preto, onde trabalhou no setor de administração e lecionou no curso de História na Unaerp. Ludovice fundou a Unifran no ano de 1970. "A história da fundação da Unifran começou com a criação de um curso de artes no Colégio das Freiras. Na ocasião elas cederam para o Ludovice uma sala onde era ministrado o curso", conta Maria Teresa. A convite de Tomás Novelino, da Fundação Educandário Pestalozzi, Ludovice assumiu os cursos da Faculdade Pestalozzi e da Faculdade de Filosofia do Ateneu Francano. Um tempo depois o empresário, que era formado em direito e pedagogia, comprou um pequeno terreno onde hoje é a Unifran. "A paixão dele sempre foi ensinar", disse a esposa.
Em mais de quatro décadas Ludovice foi um dos responsáveis por encabeçar o crescimento da universidade que em 2013 passou a integrar o grupo Cruzeiro do Sul e que hoje tem mais de 16 mil alunos, distribuídos entre os cursos de graduação, tecnológicos, a distância, especializações, mestrado e doutorado. Antes de ser internado Ludovice trabalhava normalmente em um escritório dentro da Unifran. Lá ele cuidava dos empreendimentos Ludovice.
Clóvis veio para Franca antes da fundação da Unifran e adotou a cidade como o seu lar. No campo profissional era conhecido pelo profundo amor pela área educacional. Já entre os familiares e amigos era carinhoso, acolhedor e fazia questão de apreciar a companhia daqueles que amava. "Meu cunhado sempre foi muito acolhedor, tranquilo, dinâmico e com um coração aberto. Sempre festeiro adorava reunir a família e estar rodeado dos filhos, netos e amigos. O Natal era sua época preferida e ele o considerava muito valioso, sempre junto dos familiares e amigos", disse o padre José Geraldo Segantin.
O corpo de Clóvis Ludovice será velado no anfiteatro da Unifran. Seu sepultamento será no Cemitério da Saudade às 15h30.
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