Guerra da 4ª Geração

No final dos anos 70 fomos deslocados pela FAB para o Campo dos Afonsos, em Marechal Hermes na cidade do Rio de Janeiro

31/08/2019 | Tempo de leitura: 2 min

No final dos anos 70 fomos deslocados pela FAB para o Campo dos Afonsos, em Marechal Hermes na cidade do Rio de Janeiro, para fazermos curso de salvamento. Nos poucos dias de folga, sempre visitávamos o Museu da Aeronáutica, ali nos hangares da base aérea. E nessas visitas pela vez primeira, li artigo sobre as formas de conflitos até então existentes que dificilmente se repetiriam da maneira conhecida, pois o desenvolvimento das formas de dominação continuava em plena evolução e a partir de então estava em andamento a já chamada guerra da Quarta Geração. Não teríamos mais guerras convencionais, mas sim as guerras que se dariam no envolvimento de atores estatais e não estatais, utilizando-se de todas as formas de comunicação disponíveis, políticas, econômicas, sociais, militares etc. Tudo isso para destruir o apoio da população aos seus líderes políticos e corroer a vontade dessa população em lutar pelo seu país.

Em síntese, o artigo concluía que ao contrário das gerações passadas, o intuito das futuras guerras seria de não derrotar o inimigo militarmente, mas sim enfraquecê-lo perante seu povo, numa guerra mais psicológica do que física de longa duração.

Assim, em razão dos acontecimentos atuais de parte da comunidade internacional contra o Brasil na questão da floresta amazônica, mais uma vez se confirma a previsão do artigo lido no final dos anos 70.

Décadas atrás, já estava em andamento a tentativa de internacionalizar a Amazônia, quando afirmavam que o Brasil não tinha tomado posse de seu território. Assim caberia um tipo de “usucapião” internacional passando a floresta para as mãos da ONU. Fato é que o governo brasileiro teve que obrigatoriamente abrir a rodovia Transamazônica, com o seguinte slogan - INTEGRAR PARA NÃO ENTREGAR, pois caso contrário a Amazônia já de longa data não mais pertenceria ao Brasil.

Hoje sim estamos vivenciando uma guerra de Quarta Geração, que utiliza além da questão psicológica, constante desinformação e propaganda enganosa. Basta ver que as campanhas de comunicação estratégica, a utilização das redes sociais de informações etc., tentam de todas as formas criarem “um clima” de desconforto interno e externo no sentido único de impor uma legislação internacional que quebre a soberania brasileira sobre seu território sem precisar utilizar das armas convencionais. Através da introdução da desinformação, facilita a dominação principalmente através de “ajudas” que possuem outros interesses, que nem sempre são percebidos de pronto por cidadãos leigos na “arte de guerrear”.

As guerras já não se desenrolam em espaços distantes, mas na mente dos cidadãos. É uma guerra por conquista de cérebros, onde o alvo principal é o cidadão desinformado. O objetivo já não é apenas matar, mas sim controlar e dominar fingindo estar fazendo o bem!

 

Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
toninhomenezes16@gmail.com
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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