CULTURA

VIII Feira do Livro de Batatais começa nesta segunda

A Feira reunirá atrações culturais para todas as idades em eventos na Praça Cônego Joaquim Alves (Praça Matriz) e no Cine Batatais

24/08/2019 | Tempo de leitura: 4 min

José Olympio, patrono permanente
José Olympio, patrono permanente

De 26 a 31 de agosto o público que ama ler poderá encontrar novidades na VIII Feira do Livro de Batatais. Os homenageados desta edição são o criador da Turma da Mônica, Maurício de Sousa (escritor homenageado), Shirley Baldochi (homenageada local) e o patrono permanente, José Olympio. As atrações envolvem contação de histórias, palestras, musical, peça teatral, espetáculo e sessões de cinema. A programação, inteiramente gratuita, é aberta ao público e transcorre na Praça Cônego Joaquim Alves (Praça Matriz) e no Cine Batatais, ambos localizados no centro da cidade, a 49 km de Franca. .

A VIII Feira do Livro de Batatais é uma realização da Secretaria de Educação do município, Secretaria de Cultura e Turismo, Prefeitura Municipal e Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto.

Segundo o secretário da Cultura e Turismo de Batatais, Luciano José Dami de Oliveira, a VIII Feira do Livro “além de estimular a leitura proporciona ampla fruição cultural e troca de conhecimentos durante as apresentações e palestras. O evento também contribui para a consolidação de nossa Estância Turística que possui a cultura como principal atrativo”, destaca.

A organização da Feira já agendou várias escolas e são esperadas mais de 600 crianças nos turnos diários da feira. “Com o acréscimo dos eventos noturnos e atrações em paralelo estimamos um público de cerca de 15 mil pessoas ao todo”, diz Dami.

Para a presidente da Fundação do Livro de Ribeirão Preto, Dulce Neves, a realização da Feira do Livro de Batatais em parceria com a Fundação consolida objetivos que a entidade possui para disseminar a leitura e literatura na região metropolitana. “A exemplo do que fazemos com a Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, que a partir de 2020 será internacional, as feiras visam a que a leitura esteja ao alcance de todos, de forma gratuita, possibilitando assim o acesso à cultura e às diferentes formas de arte, bem como o encontro do leitor com escritores, o que enriquece muito sua vivência de contato com o livro”, explica.

O secretário diz que a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo vê na parceria com a Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto o caminho para ampliação e crescimento do evento em Batatais e a perspectiva de inovações.

 

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José Olympio, patrono permanente

O batataense José Olympio nasceu em 1902. Aos 16 anos foi para São Paulo estudar Direito. Conseguiu emprego na Casa Garraux, seção de livros. Mas o trabalho lhe consumia muito tempo e não lhe permitia estudar. Ao passar a ajudante de balconista, tomou grande gosto pelos livros. Pelo local José Olympio via passar gente ligada às letras como Menotti Del Picchia, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Plínio Salgado e Cassiano Ricardo. No final da década de 20, já como gerente, Olympio começou a se interessar por livros raros. Tornou-se especialista no assunto. Com o tempo comprou acervos valiosos como o de Alfredo Pujol, Estêvão de Almeida e outros. Foi assim que se estabeleceu, aos 28 anos de idade, com a Casa José Olympio Livraria e Editora. Nos anos 40 e 50, tornou-se o maior editor do país, publicando 2 mil títulos, com 5 mil edições, os quais, nos anos 80, atingiram 30 milhões de livros de 900 autores nacionais e 500 estrangeiros. Recebeu o título de Cidadão Emérito de Batatais, em 1968. Colaborou para a criação da Faculdade de Educação Física e da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da cidade. Morreu em 1990, no Rio de Janeiro.

Mauricio de Sousa, escritor homenageado

Mauricio de Sousa nasceu em Santa Isabel, São Paulo, em 1935. Seus pais eram poetas. O menino Maurício passou parte de sua infância em Mogi das Cruzes. Desde pequeno, sua brincadeira favorita era desenhar e assim ele enchia as páginas de seus cadernos escolares. Nessa época, desenhou seu primeiro personagem, que ele chamou de Capitão Picolé. Mais tarde, passou a ilustrar pôsteres e cartazes para os comerciantes da região. Aos 19 anos mudou-se para São Paulo e se apresentou na redação do jornal Folha da Tarde, carregando uma pasta cheia de desenhos para ser ilustrador. Mas eles precisavam de um repórter policial. Ele aceitou. Em 1959 convenceu o editor a publicar uma tirinha vertical semanal. A partir daí, trocou a máquina de escrever pela prancheta. Nessa época, criou seu primeiro personagem - o cãozinho “Bidu” e seu dono “Franjinha”. Nos anos seguintes foram surgindo novos personagens. Cebolinha, o garoto de cabelos espetados, que fala trocando o “R” pelo “L”; Cascão, que mesmo com mania de sujeira teve aceitação imediata; Mônica e seu coelhinho Sansão; Magali, que tem um gato siamês; e muitos outros, numa galeria de mais de cem personagens. 

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