“Com licença, senhor criminoso. O senhor ficará incomodado se eu o prender? ” Após os nobres deputados federais terem aprovado, em regime de urgência e de maneira simbólica, o projeto que trata do abuso de autoridade, quarta-feira, será mais ou menos desta maneira que policiais, promotores e juízes terão que lidar com os criminosos caso. Caso contrário, as autoridades é que podem ser presas.
Enquanto a sociedade clama pelo fim da impunidade e mais rigidez no combate à criminalidade e à corrupção, nossos políticos agem na contramão da opinião pública e dificultam o trabalho das autoridades.
Profissionais que atuam no combate à corrupção afirmam que, caso o projeto seja sancionado da maneira em que foi aprovado, o trabalho de investigação será prejudicado. “Ao meu ver, essa lei é um retrocesso. Tem caráter nitidamente intimidatório e pontos subjetivos que trazem insegurança para nós, policiais, que atuamos em investigações complexas e realizamos operações visando o combate à criminalidade em todas as suas formas”, afirma o delegado Marcio Murari, chefe da Delegacia de Investigações Gerais de Franca.
Os promotores do Gaeco de Franca, grupo que já prendeu diversos prefeitos, vereadores, assaltantes e traficantes na região, também repudiou a aprovação da lei. O Gaeco afirma que o propósito inequívoco da lei é impedir, acuar, dificultar e inviabilizar o exercício responsável, eficiente e eficaz da atividade investigativa. “O recado dado é claramente uma forma de frear os avanços e a busca constante pela responsabilização dos criminosos. Caso sancionado o texto, nos moldes em que lançado, restará completamente esvaziada a atividade rotineira e complexa por nós realizada”, afirmou o grupo em nota.
O projeto foi enviado sexta-feira pela Câmara o presidente Jair Bolsonaro, a quem caberá a sanção, seja integralmente ou com vetos. Ele terá 15 dias para dar uma decisão.
Ato de filiação
O PSL de Franca realizou ato para atrair novos filiados ontem na praça. O partido está se organizando para disputar pela primeira vez as eleições municipais. A ideia é lançar chapa de vereador completa e candidato a prefeito. O nome ainda não foi definido. Marco Garcia seria bem-vindo.
Nem precisa de oposição
A Secretaria de Finanças da Prefeitura enviou ofício à Câmara informando que enfrentou muitas dificuldades para fechar a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020 por causa do atraso no envio das propostas de cada uma das secretarias municipais do governo Gilson de Souza. Foi estipulado o prazo de 10 de julho para cada pasta entregasse as propostas. “O prazo não foi cumprido pela maioria, o que prejudicou sobremaneira a elaboração da peça orçamentária”, diz o texto. O prefeito ainda tem coragem de dizer que está preparando a cidade para os próximos 20 anos.
A grande família
Com apenas cinco meses de mandato, a deputada Graciela (PR) conseguiu feito relevante: arrumou um cargo comissionado para a cunhada no governo do Estado. A nomeação de Jacqueline David para a diretoria de Assistência e Desenvolvimento Social de Franca significou um revés para o PSDB local. Ela ocupará o lugar que era de Reginaldo Emídio, aliado histórico de Sidnei Rocha.
Nome novo, velhos problemas
A Expoagro, que foi realizada em Franca por 50 anos no mês de maio até ser descaracterizada pelo governo Gilson de Souza, terá um novo nome este ano caso saia do papel. Vai passar a se chamar Expoagro Franca Fest .
Me inclua fora dessa
O ex-vereador Laercinho foi convidado para fazer parte da equipe de assessores do prefeito. Ele esperava ser chamado desde o início do governo. O convite demorou demais. Agora, pulou fora.
Estimulante
O vereador Adérmis Marini ficou empolgado com as notícias de que o deputado federal Alexandre Frota se filiou ao PSDB. O ex-ator de filmes para adultos foi expulso pelo PSL durante a semana e acaba de chegar ao ninho tucano.
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