
Construída em 1913, a Catedral de Franca é um cartão postal da cidade. Desde 3 junho, o local passa por mudança na parte externa e ganhou um novo tom de azul. Cerca de R$ 300 mil estão sendo investidos no projeto, que também vai reformar as portas e melhorar a iluminação. Mas para o presidente do Condephat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Turístico do Município de Franca), Pedro Geraldo Tozzi, a igreja precisava passar por uma reforma estrutural antes. Além de rachaduras, o prédio tem problemas de umidade. Tozzi também aconselha a retirada das palmeiras da entrada, que podem cair e ferir alguém.
Apesar de o monumento histórico ser um marco para os francanos, a Matriz não é um patrimônio tombado. Caso fosse, para passar por reformas, os responsáveis teriam que consultar o Condephat. O órgão poderia aconselhar sobre o que pode ser mudado na construção, de forma que ela não perdesse suas características. Há 10 anos, o Condephat tentou tombar a Catedral, porém os párocos e bispos da época queriam fazer mudanças não permitidas pelo Conselho, como trocar os ladrilhos hidráulicos, típicos da era em que a igreja foi construída, por granito, um material mais sofisticado. Eles organizaram um abaixo assinado e 5 mil fiéis e se posicionaram contra o tombamento. Hoje, estuda-se fazer um processo de salvaguarda. Dessa forma, os responsáveis se comprometem a seguir regras do Conselho, sem efetivar o tombamento. Mas, por enquanto, a igreja segue sem passar pelos conselhos do órgão.
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