De olho em uma das cerca de 3 mil vagas anunciadas para 2020, centenas de jovens francanos já se preparam para o novo concurso da Polícia Militar. Diferente de outras seleções, o concurso da PM exige mais que conhecimentos gerais e físicos: a etapa psicológica é considerada bem difícil e chega a eliminar até 70% dos candidatos.
O educador físico Douglas Eduardo de Carvalho, 25, conhece bem o processo do concurso. Depois de oito tentativas reprovadas, finalmente conseguiu passar no teste psicológico e agora espera o resultado da avaliação social, que sai em outubro. Além dos estudos e do condicionamento físico, o acompanhamento com um psicólgo foi a chave no último concurso. “O legal é que ele não te ensina a passar na prova. Ele ensina você próprio se entender, fazer uma reflexão. Às vezes a gente não sabe como é nosso jeito, ou imagina que é de um jeito, mas a gente é de outro”, afirmou. Para Douglas a postura e a diciplina foram fundamentais ao longo dos 4 anos de dedicação aos concursos. “Às vezes deixar de ir numa festa, deixar de sair, largar um futebol, o cinema e ficar estudando. Isso é satisfatório depois, porque conhecimento é uma coisa que nunca é demais.”
É o que Gabriel dos Santos Araújo, 20, decidiu fazer. Há dois anos entrou no tiro de guerra e, desde então, teve certeza que queria trabalhar como policial. Determinado, entrou numa rotina intensa de estudos e preparação física para tentar o concurso pela terceira vez. “Trabalho, venho para o curso, vou para a academia, chego em casa, reviso os conteúdos e no outro dia é tudo de novo”, afirmou.
O professor de Gabriel, Luís Cláudio de Lima Nassor, 29, percebeu que a demanda de jovens como ele era grande em Franca e abriu o cursinho voltado para o concurso. Além das aulas específicas para a parte teórica, ele oferece treinamento físico e acompanhamento para os alunos em todas as etapas do concurso. Foi onde Gabriel, encontrou apoio para realizar o sonho de infância. “Quero vestir a farda, honrar o status. Eu gosto disso, dessa coisa parruda de ser policial, defender a sociedade”, afirmou.
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