HACKEADOS

Intercept Caixa


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O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), os presidentes da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), os ministros da Justiça, Sérgio Moro, e da Economia, Paulo Guedes, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entre outras autoridades, tiveram os telefones hackeados. Isto, todo mundo sabe. O assunto pautou os noticiários na semana.
 
O que poucos sabem é que milhares, talvez milhões, de clientes da Caixa Econômica Federal também estão correndo o risco de terem informações sigilosas vazadas. Não por causa de ação de hakers, mas devido à uma exigência do próprio banco.
 
Há cerca de 20 dias, clientes da Caixa não conseguem mais acessar o aplicativo para movimentar pela internet a conta ou conferir saldos se não derem permissão para que o banco gerencie chamadas telefônicas, geolocalização e notificações.
 
A Caixa também pede permissão para ler TODAS as notificações do cliente, como nomes de contatos e o CONTEÚDO DAS MENSAGENS que ele receber. Se a pessoa não autorizar, não terá como acessar o aplicativo. O banco não explica porque quer bisbilhotar as conversas e ligações dos clientes.
 
Muitas pessoas não leem as notificações e autorizam de imediato para terem acesso à conta sem perceberem a extensão e o perigo das concessões que acabam de fazer. É, basicamente, o mesmo que ter o celular hackeado, só que com autorização. “Isto, para mim, é furto de informações sigilosas, pessoais. A exigência viola a honra e a privacidade dos consumidores. O cliente, praticamente, é coagido a permitir o acesso, caso contrário, não terá como usar o aplicativo”, afirma o advogado Denílson Carvalho.
 
O Ministério Público em Franca já teve acesso aos prints das exigências feitas pela Caixa e abrirá investigação. “É um absurdo o banco querer ter acesso a tantos dados pessoais para que o cliente possa manipular o aplicativo. Quem garante que não haverá mau uso? Como a competência para investigação é de âmbito nacional, comunicamos o Ministério Público Federal para atuação conjunta”, disse o promotor de Defesa do Consumidor, Murilo Lemos Jorge.
 
Na condição de cliente, questionei a Caixa a respeito, mas não obtive resposta. 
 
Não é comigo
Gilson de Souza (DEM) voltou da praia e preferiu ficar em silêncio. Não fez defesa pública do projeto de subsidio para reduzir o preço das passagens de ônibus, que foi barrado pela Câmara. O prefeito jogou a batata quente nas mãos dos quatros vereadores favoráveis à polêmica proposta. Eles que se virem com as críticas.
 
Dança das cadeiras
Os vereadores Ilton Sérgio (DEM), Claudinei da Rocha (PSB), Pastor Palamoni (PSB) e Della Motta (Podemos) devem trocar de partido tão logo a janela permitida pela Justiça Eleitoral seja aberta. Expulso do PSDB, Tony Hill também disputará as próximas eleições por outra legenda.
 
Revólver no cemitério
A Prefeitura contratou uma empresa de segurança para fazer rondas no Cemitério da Saudade. O serviço de vigilância armada vai custar R$ 200 mil por ano aos cofres públicos, o que dá R$ 16,6 mil por mês.
 
Sinal vermelho
O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente publicou a relação dos candidatos que receberam o aval para disputarem o cargo de conselheiro tutelar. As eleições serão realizadas no dia 6 de outubro e terão 43 concorrentes. O ex-vereador Luiz Vergara teve o pedido de candidatura indeferido. Não sei o motivo.
 
Águas geladas
Gostei da participação dos atletas de Franca nos Jogos Regionais. Mas acredito que a equipe de natação poderia ter conquistado mais medalhas se as piscinas do poliesportivo fossem aquecidas.
 
 
Descanse em paz, doutor 
A coluna de hoje é dedicada ao doutor Lancha. Tive o privilégio de sugerir neste espaço que a cidade prestasse uma homenagem em vida para ele,  o que foi feito dia 9 de julho,  aniversário de 50 anos do Lanchão.  Meus sentimentos à família.
 
 
 
Edson Arantes
Jornalista
edson@comerciodafranca.com.br
 

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