Universidades: 30% a menos!

11/05/2019 | Tempo de leitura: 2 min

O anunciado corte de 30% do orçamento destinados as universidades federais, transformou-se em discursos acalorados e polêmicos. Para nós que trabalhamos na área do ensino superior e analisamos durante anos como tudo ocorre em algumas universidades, é muito triste ouvir defesas contra o corte de despesas, sem argumentos concretos, simplesmente criticando por criticar, no intuito de apenas manter alguns privilégios.

Criticam o ministro da educação quando diz que “o desempenho das federais podem melhorar com o corte de um terço do orçamento”. Sabemos que é difícil, mas nas adversidades é que são encontradas soluções e melhor gerenciamento dos recursos sim, pois quando há facilidades em gastar, muitas vezes não se avalia efetivamente as despesas frente aos ganhos produzidos.

Os contrários também questionam a utilização da palavra “balbúrdia” pelo ministro. Ora, para nós que estivemos em sala de aula, no ensino superior, por longo tempo, tanto na iniciativa privada, como na pública, temos que concordar com o ministro, pois em alguns locais é impossível lecionar e conseguir ensinar. Obviamente que não queremos alunos calados e que concordem com tudo, porém há que se submeterem as formas de questionamentos e manifestações. Não é utilizando drogas, sair quebrando e pixando todo o prédio público etc, que estarão promovendo uma “evolução do ensino acadêmico”. Tampouco será “defecando” no meio de uma solenidade, como ocorreu quando estávamos na Unesp Franca, que o acadêmico estará demonstrando como alterar a forma de ser das universidades. Concordamos com o ministro em exigir prestação de contas, pois viagens, bolsas para “cursos” internacionais, tem que ser melhor avaliados, pois ao regressarem, a maioria, não agrega nenhum valor à instituição e aos acadêmicos. Também há que se reverter algumas situações de incorporações no exercício de chefias. Professores têm que dar aula mesmo e não somente terem um vínculo de “pai para filho” com a instituição e apresentarem diplomas que lhes dão preferências sobre os outros. Enfim, queiram ou não, mesmo que alguns se achem donos das universidades públicas, elas operam com dinheiro público, com recursos dos cidadãos e dessa forma têm sim que prestar contas de todas suas atividades, cortando tudo aquilo que não agrega valor ao ensino e, principalmente cortar privilégios.

HOSPITAL REGIONAL, SÃO FRANCISCO E AGORA HAPVIDA. Quando efetuamos comentários do desserviço que os maiores acionistas do extinto Hospital Regional e principais incentivadores da venda estavam a fazer, sofremos comentários negativos. Porém, como sempre falamos “o tempo é o senhor da razão” e não precisou de muito para que as “surpresas” começassem a ocorrer. E vem mais por aí é só aguardar! E em tempo: que vereadores no futuro não dêem nome de rua para tais “sedentos por dinheiro”.

 

Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
toninhomenezes16@gmail.com
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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