Políticos irresponsáveis!

Como aceitar que políticos obstruam discussões e votações de matéria de suma importância para

04/05/2019 | Tempo de leitura: 2 min

Como aceitar que políticos obstruam discussões e votações de matéria de suma importância para todos os cidadãos brasileiros, como é a reforma da previdência? Por que o Congresso Nacional não têm a coragem de cortar privilégios construídos por décadas por algumas categorias que possuem inúmeras vantagens que os cidadãos comuns não às têm? Por que os novos senadores e deputados eleitos pela vez primeira não conseguem modificar tal sistema corporativo e muitos em menos de cinco meses de mandato, praticamente se comportam de maneira idêntica à classe de políticos que não se interessam pelo bem coletivo, mas sim aos interesses de grupos privilegiados? Como aceitar que em momento econômico difícil, de retração, de desemprego, de falta de perspectiva etc., nossos congressistas se dêem ao luxo de não trabalharem por uma semana? E o que é pior, nas semanas normais trabalham apenas por dois dias (terça à tarde, toda quarta-feira e quinta pela manhã), obviamente que sabemos que há trabalhos outros, mas isso é uma vergonha, uma afronta aos brasileiros que estão esperando tomadas de decisões que possam reverter o quadro caótico que estamos atravessando em todos os setores.

Caros leitores sabemos que muitos detestam ler artigos como este, pois têm que efetuar leitura atenta e reflexiva, diferentemente das notícias que comumente fazem “suas cabeças” em pouco menos de 30 segundos! Infelizmente a maioria dos cidadãos brasileiros, durante décadas, foram praticamente doutrinados a aceitar o que ouvem, pois não conhecem e tampouco tiveram a condição e a curiosidade de buscar informações por si mesmos, ao invés de serem “manipulados”.

São por essas e outras que defendemos mudanças nos três poderes, pois estão desacreditados e em decadência acelerada. Séculos atrás, quando as monarquias absolutas exerciam o poder, a tirania dos governantes não podia ser questionada. Exatamente por isso, os interesses do Estado eram considerados contrários aos dos cidadãos. Assim presumia-se que com a expansão de governos democráticos e eleitos resolveriam o problema. Pensava-se que através de eleições regulares o governo seria do povo para o povo. Ledo engano, pois a interferência do governo, mesmo que eleito, busca interesses próprios e preferências pessoais, muitas vezes contrárias ao bem estar social, buscando, como séculos atrás, somente atender aos interesses das classes sociais dominantes.

O povo que submetido à obrigação de votar, continua a eleger políticos irresponsáveis e a ver as mais altas cortes, que deveriam barrar tal perpetuação dos interesses pessoais sobre os coletivos, dominadas pela própria classe política. Enfim, a irresponsabilidade poderá nos levar a situação onde nenhuma aposentadoria será suportada pelos cofres públicos. Porém, para políticos profissionais, como fica o povo? Ora, o povo que se lasque! E nas próximas eleições os “iludo” novamente.

 

Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
toninhomenezes16@gmail.com
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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