Camélias


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A Camellia faz parte das plantas da família Theaceae e produz flores ornamentais, belíssimas, conhecidas como camélia, cameleira, japoneira, planta do chá. Ornamentais aquelas, terapêutica essa última. Existem camélias brancas – que são símbolo da longevidade, rosas e vermelhas. Coco Chanel, a grande estilista, tem na camélia branca sua flor símbolo. Chanel a incluía em cada detalhe de sua vida, em tudo que criava. A lenda conta que no auge da paixão pelo jogador de polo Boy Capel, ganhou dele a camélia branca, apaixonou-se pela flor e passou a usá-la, feita de seda igualmente branca, nos cabelos, nas lapelas, nas sacolas, nas caixas e hoje estão presentes em tudo que sai da Maison. Talvez, pessoalmente para Coco, dizem, a flor seja símbolo de traição; definitivamente é ícone de luxo, poder e glória da marca.

A camélia se popularizou no Brasil no Carnaval de 1939. A Jardineira” é uma marchinha de carnaval composta por Humberto Porto + Benedito Lacerda em 1938, gravada por Orlando Silva no carnaval de 1939. Há divergências quanto à sua autoria. Na verdade, “A Jardineira” é um antigo tema popular, originário da Bahia, que os dois adaptaram para lançar como marchinha. A letra é conhecida: “Oh jardineira! Por que estás tão triste, mas o que foi que te aconteceu? Foi a camélia que caiu do galho, deu dois suspiros e depois morreu...” Outra letra de música, que também faz referência à flor, é a marchinha Dama das Camélias, gravada por Francisco Alves, também em 1939. A letra é puro lirismo: “ A sorrir você me apareceu, e as flores que você me deu, guardei no cofre da recordação. Porém depois você partiu pra muito longe e não voltou e a saudade que ficou não quis abandonar meu coração. A minha vida se resume, em duas flores sem perfume, oh! Dama das Camélias.”

Tem, ainda, o romance passional de Alexandre Dumas Filho, publicado pela primeira vez em 1858, A Dama das Camélias, clássico da dramaturgia mundial. A história agrada platéias diversas da mais elitista à mais popular, desde a sua estréia na metade do século XIX. Muitas linguagens apropriaram-se do texto para representações. O romance original migrou para o teatro, para a ópera, para o balé, para o cinema e, daí, teve filmagem e refilmagens. Baseado na história real do autor, conta encontros e desencontros do amor impossível vivido no livro por Armand e a belísima cortesã Margherite Gautier, separados por ardil do pai de Armand. O próprio Alexandre Dumas fez a adaptação de seu livro para o teatro em 1852. A história serviu de roteiro para a ópera La Traviata, escrita por Verdi. A ária Brindisi, faz parte dessa obra. No cinema Greta Gabor e Robert Taylor estrelaram a considerada melhor versão da obra filmada também em 1915, 1917, 1921. Em 1984 tornou-se telefilme intitulado Camille, estrelado por Greta Scacchi, Colin Firth e John Gielgud. Camélias são sempre sucesso.  

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