Primeiramente todos nós, encarnados, temos que ter a consciência de que somos seres humanos comuns com defeitos, limitações e capazes de errar e sofrer as agruras desta experiência carnal a qual nos submetemos com o intuito de subirmos mais um degrau nesta linha evolutiva. A faculdade mediúnica, sensitiva é inerente a todos os seres humanos, não sendo privilégio exclusivo de alguns. Podemos dizer que todo mundo é mais ou menos médium. Porém a qualificação mediúnica, em algumas pessoas está nitidamente caracterizada e de maneira mais patentemente demonstrada, através de aptidões para uma ordem de fenômenos e formas diferentes de manifestações. Os médiuns chamados de curadores, resumidamente são pessoas que possuem o dom de curar ou de aliviar pelo simples toque, pelo olhar, por um gesto etc., sendo uma faculdade espontânea.

Como dissemos todos nós, somos espíritos encarnados para completar nossas missões. Somos falíveis e por vezes, espíritos com mediunidade elevada se desgarram e caem em tentações materiais. Começam bem suas missões, porém o egoísmo, a vaidade, a ambição etc., faz com que sucumbam frente aos objetivos traçados para sua vivência humana.

Como bem diz os precursores da doutrina: “os maus médiuns, os que abusam ou usam mal suas faculdades, sofrerão tristes conseqüências por isso, como já ocorreu com alguns; aprenderão às suas custas o que custa fazer girar em proveito de suas paixões terrestres um dom que Deus não lhes havia dado senão para seu adiantamento moral.” – (Erasto).

Que João de Deus pague, de acordo com a justiça humana pelos seus crimes. E pela má utilização dos dons que Deus lhe deu, na esfera espiritual receberá as devidas conseqüências de seus atos, pois lá não há como esconder o que realmente praticou na vida terrena.

Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
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