Herança maldita


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O Estado de São Paulo possui um total de 175 obras públicas paralisadas. Elas somam um passivo de R$ 10 bilhões em construções que não estão sendo investidos. Nas regiões de Franca e Ribeirão Preto, há necessidade de retomada de obras em sete municípios.

A relação de obras paralisadas a que este colunista teve acesso, com os respectivos valores, consta em documento oficial encaminhado pela gestão do então governador Márcio França (PSB) à equipe de transição do atual governo João Doria (PSDB).

O diagnóstico do governo mostra que em Franca estão paralisadas as construções de cinco creches. Somadas, as obras custariam R$ 8,1 milhões e resultariam na abertura de cerca de 700 novas vagas para crianças, o que seria fundamental para reduzir a fila de espera.

O relatório também revela que em Restinga está parada a construção de um prédio com quatro salas de aula com custo avaliado em R$ 1,6 milhão. Em Orlândia também ficaram pela metade três creches.O governador João Doria informou que a retomada das obras será estudada e colocada na pauta de prioridade da Secretaria da Educação.

Promessa eleitoral: Márcio França veio a Franca em junho quando estava em pré-campanha para a reeleição. Ele realizou uma espécie de comício na Câmara, organizado por Roberto Engler e Ubiai, e se reuniu com dezenas de prefeitos e vereadores. Assinou convênios com 28 municípios e prometeu liberar recursos para obras de infraestrutura urbana. A Prefeitura de Franca recebeu a promessa de liberação de R$ 4 milhões para recapear ruas. Sete meses depois, Márcio França perdeu as eleições, deixou o Palácio dos Bandeirantes e só agora a Prefeitura vai poder usar o dinheiro.

Chance de ouro: O PSDB realizará em fevereiro um cadastramento para atualizar os dados de seus filiados em Franca. Será uma oportunidade imperdível para os vereadores tucanos que estão descontentes deixarem o partido sem correr o risco de perderem o mandato por infidelidade partidária.

É proibido, mas pode: O governador João Doria sancionou, quarta-feira, lei aprovada pela Assembleia Legislativa, em dezembro, e que que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas nas dependências dos postos de combustível do Estado. A ingestão de álcool fica autorizada no interior das lojas de conveniência e restaurantes, além de áreas restritas e delimitadas que não se confundam com o local de abastecimento de veículos. Os postos deverão afixar avisos de proibição em pontos de ampla visibilidade e advertir os infratores sobre a proibição. Em caso de resistência, a polícia poderá ser chamada para retiram os folgados.

Se for para o bem do povo...: Tomei um café com Sidnei Rocha durante a semana. Recuperado dos problemas de saúde que o atormentaram no ano passado, ele continua firme no comando das empresas. A mulher e filhos não querem mais que Sidnei dispute eleições. Por outro lado, seus olhos brilham quando fala dos pedidos que recebe do povo para voltar. Hoje, o nome do PSDB para a disputa da Prefeitura é Adermis Marini.

De assessor a deputado: Meu amigo Gil Diniz, o Carteiro Reaça, será o líder do PSL na Assembleia Legislativa. Assessor de Eduardo Bolsonaro, ele foi o quinto deputado mais votado do Estado no ano passado com 215 mil votos. O partido trabalha para que Janaína Paschoal, a deputada mais votada do País com dois milhões de votos, seja eleita a presidente da Assembleia. A eleição será realizada dia 15 de março, quando os novos deputados tomam posse.

Opostos que se atraem: Gilson de Souza (DEM) e Roberto Engler (PSB) dão sinais de que estão nos lugares errados. Levantamento feito pela revista Veja afirma que, entre os deputados estaduais reeleitos, Engler foi o que mais faltou ao trabalho na última legislatura. Ele teve 389 ausências de 2014 a 201. Em Franca, não há um estudo do tipo, mas não é segredo para ninguém que Gilson passa mais tempo em São Paulo do que na cidade que administra.

Chega de mi mi mi: Bobagem essa história de que menino veste roupa azul e menina rosa. Nós que somos gordos vestimos o que serve em nós...
 

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