Economia e violência


| Tempo de leitura: 2 min

Neste início do governo Bolsonaro, os dois principais temas a ser enfrentados com prioridade são a economia e segurança. O primeiro trás por conseqüência a retomada da economia e a redução do número de desempregados. Já o segundo envolve várias situações, mas a principal é a retomada do Estado no controle de seus presídios dominados por facções criminosas.

Na economia o grande “nó” a ser desfeito trata da reforma da previdência social, pois nenhum dos governos anteriores efetuou as alterações necessárias, pois o obstáculo maior encontrava-se no Poder Legislativo, corporativista e sempre mantendo privilégios. Dessa forma os projetos enviados pelo Poder Executivo sempre traziam medidas pífias que não atacavam a raiz da questão. Nesse ponto o governo Bolsonaro iniciou o mandato atacando e defendendo as alterações, porém o ponto que mais atrapalha é exatamente a falta de sincronismo político, pois os deputados e senadores somente tomam posse em fevereiro. Assim aquele impacto inicial não ocorreu e neste “meio tempo” oposicionistas, lobistas e contrários às medidas, mesmo sem a posse já estão em campo defendendo seus interesses atacando os pontos divulgados pelo ministro da economia Paulo Guedes, junto aos novos congressistas e simultaneamente sabem das posições dos reeleitos. Basta ver as articulações para presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, inclusive uma vergonhosa defesa por parte de um candidato à presidência do Senado que quer a todo custo que as eleições para composição da mesa diretora ocorra através de voto secreto. E esse político ainda diz, em entrevistas, ser um democrata!

Na questão da segurança, a população já sente modificações, pois o novo governo federal e alguns estaduais passaram a enfrentar a questão e a valorizar as ações policiais dentro e fora dos presídios, principalmente através do trabalho de informações. Nas explosões e assaltos a caixas eletrônicos e carros fortes, estamos presenciando uma polícia que chega imediatamente ao local, combate os criminosos, inclusive utilizando atiradores de elite. A propósito o ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, defendeu que o Estado utilize de todo o seu arsenal para combater os bandidos, afirmando: “ou o Estado enfrenta o crime organizado ou vira um Estado criminoso”.

Combater os efeitos nocivos da economia e da criminalidade é tarefa difícil, mas o Estado não pode fugir de suas atribuições, mesmo que para isso tenha que enfrentar “grupos enraizados no poder, com cacife financeiro e manipuladores. Enfim todos nós temos que dar nossa parcela de contribuição em busca de uma vida em sociedade, mais equilibrada. Será que todos farão isso? Reduzindo seus privilégios previdenciários? Principalmente nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário? As respostas somente o tempo dirá.

Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Comentários

Comentários