Erroneamente ou “maliciosamente”, após a eleição do presidente Jair Bolsonaro no último domingo, algumas pessoas têm afirmado que os “militares voltaram ao poder pelo voto e não pela força”. Não podemos concordar com tal afirmação, visto que as Forças Armadas não tiveram candidato na eleição. O candidato eleito é um Capitão do Exército Brasileiro reformado, que deixou o militarismo há aproximadamente três décadas, ou seja, carrega consigo todo um histórico de formação militar que somente quem passou e recebeu instruções nas Academias Militares conhece e com certeza jamais esquecerá, porém desvinculado que está com a caserna não pode ser considerado um candidato das “Forças Armadas”. Porém, a sua forma de expressar e agir, além de seu relacionamento com os militares, remonta a formação recebida nos colégios militares, por isso a confusão que se faz.
A verdade é que atualmenete há uma forte tendência do crescimento da extrema direita em todo o mundo. Isso em razão de que os partidos de extrema esquerda, foram eleitos, exerceram o Poder e não conseguiram cumprir suas promessas eleitorais, muito pelo contrário, levaram os países a crises que fatalmente demorarão décadas para serem amenizadas. Os cidadãos que estudam, analisam e formam suas convicções cansaram e após trinta e três anos chegaram à conclusão que a forma “antiga” de se governar é bem mais produtiva e dá mais segurança aos cidadãos do que a “aventura” irresponsável em que se “meteu” vários países mundo afora e que agora retomam o caminho na busca de um país mais justo, organizado, com menos impunidade, combate à “corrupção” e principalmente respeito às leis etc. Essa garantia de seriedade e de bem gerir a coisa pública é que representa um candidato de formação militar e que para o momento é o remédio necessário para iniciar uma mudança de rumos na administração pública brasileira, pois se não for pessoa de personalidade e atitudes fortes dificilmente conseguirá reverter os caminhos que o Brasil vem trilhando nas últimas décadas.
Resumindo: a eleição de domingo demonstrou que o candidato eleito Jair Bolsonaro recolocou na agenda o atributo da autenticidade, que há muito deixou de ser uma qualidade dos políticos, prega novamente a implantação de uma ordem mínima no país, que está uma bagunça. Assim alcançou e tocou o eleitorado consciente. O candidato eleito aproveitou que o eleitorado, nos últimos tempos, incorporou plenamente o antagonismo ao fisiologismo partidário que se apropriou do poder e queria tê-lo para sempre. Por fim, os partidos tradicionais não tiveram a humildade de reconhecer seus erros, extirpando de seus quadros a sua “ala podre” fazendo o “mea culpa” perante o eleitorado reconstruindo suas histórias. Este conjunto de fatores deram a vitória a Bolsonaro.
Enfim, um novo ciclo começa e esperamos que não nos decepcionemos!
Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
toninhomenezes16@gmail.com
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