Pé grande tem como sinônimos as palavras “ieti” e “yeti”. Ele é parecido com o “abominável homem das neves”, personagem lendário que habitaria as mais altas montanhas do Himalaia.
No filme, Migo é um jovem yeti que mora com sua comunidade nas alturas geladas. Os yetis vivem em harmonia, sem questionar nada do que está escrito nas pedras que ficam sob os cuidados de um ser chamado “Guardião das Pedras”. Este é idoso e usa um cajado. Na comunidade dos yetis, os seres humanos são tidos como lenda e apelidados de “pés pequenos”.
Tudo segue tranquilo até que Migo vê um “pé pequeno” e volta desesperado à vila para contar a novidade. O tal Guardião não aceita o relato de Migo, acha que é invenção, porque não existe nada parecido nas pedras. São elas que ditam o comportamento de todos. Contam como os yetis foram criados. Explicam de que forma a montanha em que vivem se sustenta.
Acontece que Migo tem certeza de que viu um “pé pequeno”, um humano, e, por conta disso, passa a questionar as verdades escritas nas pedras. Faz mais: junta-se a outros “ yetis” que pensam como ele, ou seja, pensam diferente dos demais. E o grupo sai em busca do ser que tem pés pequenos, ou seja, dos humanos.
É quando Migo conhece Percy. Ele é um explorador dos animais e do meio-ambiente que gosta de colocar vídeos na internet para obter “curtidas”. Seu maior objetivo é filmar um “yeti” para que seu vídeo viralize, nem que para isso seja preciso vestir uma fantasia fake.
Percy e Migo são seres totalmente diferentes. Aos ouvidos de Migo, a voz de Percy parece mais com balbucios de um bebê, enquanto a voz de Migo, para Percy, são rugidos de uma fera. Esses registros formam um dos melhores momentos do filme, com direito a muitas risadas.
Migo leva Percy para sua comunidade, para apresentá-lo ao Guardião e aos demais. E descobre que o Guardião não está totalmente errado com sua visão sobre a humanidade. Como contam as pedras, os pés pequenos ( os seres humanos) são predadores. Matam animais, sujam rios e mares, fazem guerras... Por outro lado, Migo também tem razão ao não acreditar cegamente no que dizem as pedras. A partir daí, o que vai acontecer? Só assistindo ao filme para saber.
Há momentos para a reflexão e outros bem engraçados, com números musicais, personagens rolando na neve, fazendo acrobacias, pulando de alturas enormes, ora com coragem, ora com medo. E tem até a presença de uma cabra das montanhas que só grita e assusta todo mundo.
Enfim , é uma linda história que tem muito a nos ensinar sobre a coragem, a realidade, os seres que podem ser muito diferentes de nós e nem por isso nossos inimigos.
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