A família é a pérola mais preciosa do mundo dada por Deus a todos que aqui vivem. É o tema central da Palavra de Deus neste domingo.
Primeira Leitura: Gênesis 2: A narrativa que encontramos nessa leitura não é a crônica de um fato que realmente aconteceu. Trata-se de um “ikhanó”, uma história narrada pelos mestres do povo de Israel para responder a algumas questões existenciais. A leitura de hoje nos ensina que o ser humano só é dominado pela tristeza quando não tem ninguém com quem dialogar. O segundo ensinamento da história é a paridade da dignidade entre o homem e a mulher. Se está dotada da mesma dignidade, a mulher não pode ser dominada, escravizada e usada como instrumento de prazer.
Segunda leitura: Hebreus 2: Hoje começa a dos Hebreus, que nos acompanha até o fim do ano litúrgico. Os primeiros dois capítulos dessa carta são dedicados à apresentação de alguns aspectos importantes da pessoa de Jesus. No primeiro afirma-se que ele é superior a todas as criaturas, incluindo os anjos. Jesus é grande, mas é um de nós, não é homem somente na aparência. Viveu os nossos mesmos sentimentos e as nossas mesma emoções, passou pelas nossas mesmas experiências, inclusive o sofrimento e a morte.
Evangelho: Marcos 10: O tema da indissolubilidade do casamento é introduzido por Marcos na parte central do seu Evangelho, junto com outras questões morais, como o diálogo com quem não tem fé, o amor fraterno, o escândalo, o relacionamento com os mais fracos, a propriedade, as riquezas. Eis a explicação de Jesus: Moisés não deu qualquer permissão para divorciar. O divórcio existia muito antes do que ele. Ele somente estabeleceu regras e limites para uma situação problemática que sempre existiu e era aceita por todos. O divórcio como a poligamia, não faz parte do projeto de Deus. Estas instituições foram introduzidas pelos homens e toleradas, por algum tempo, por causa da dureza do coração. Na última parte do evangelho (vv.13-16) Jesus retoma a imagem da criança e convida os discípulos a acolherem o Reino de Deus como ela. Para compreender a indissolubilidade do matrimônio é preciso voltar a ser criança e deixar-se penetrar por uma sabedoria completamente nova, a de Deus.
Monsenhor José Geraldo Segantin
Pároco da Igreja de Santo Antônio e vigário geral da Diocese -segantin@comerciodafranca.com.br
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