Mulheres e semianalfabetos são maioria entre eleitores


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O professor de Direito Constitucional Fábio Cantizani: para ele maior preocupação está na falta de informação de qualidade
O professor de Direito Constitucional Fábio Cantizani: para ele maior preocupação está na falta de informação de qualidade
As mulheres são maioria entre os 238.375 eleitores aptos a votar nas eleições deste ano em Franca. Elas formam 52,9% do eleitorado da cidade e somam 126.082 dos votos que poderão ajudar a escolher presidente, governador, senadores e deputados que administrarão o País nos próximos anos. Os dados são do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e têm por base os registros dos cartórios eleitorais da cidade. O número de eleitores na cidade cresceu pouco mais de 4% com um acréscimo de apenas 9,3 mil ante as eleições de 2016. Uma das novidades deste ano no perfil do eleitorado francano é a presença de 14 eleitores com nome social aptos a votar. 
 
Os solteiros são maioria entre os eleitores das próximas eleições: 54,2% do total. Casados representam 37,4%; ante 4,07% de divorciados; 2,4% de viúvos e 1,81% de pessoas separadas judicialmente. A baixa escolaridade dos eleitores também está presente no perfil do eleitorado da cidade. Nas eleições do próximo dia 7 de outubro 33,69% dos votantes não completou o ensino fundamental (28,13%); apenas lê e escreve (3,81%) ou é analfabeto (1,75%). São mais de 80 mil pessoas que não alcançaram o nível básico de educação. Apenas 25,83% tem ensino médio completo e 9,06% completou o ensino superior. 
 
Outros 1.214 portadores de deficiências também estão entre os eleitores francanos. Destes, 473 possuem deficiência de locomoção; 142 deficiência visual; 93 apresentam dificuldade para o exercício do voto e outros 78 têm deficiência auditiva. Os outros 514 não tiveram a natureza da deficiência informada. 
 
Entre os mais de 235 mil eleitores francanos, apenas 32% (76,7 mil) cadastraram a biometria. Franca não está entre os 2,8 mil municípios em que o cadastramento era obrigatório para as eleições deste ano.
 
Para o juiz de direito aposentado Euclides Celso Berardo, que durante dez anos foi juiz eleitoral em Franca, a escolaridade dos eleitores não significa necessariamente um problema. “Independente da escolaridade, o que é perceptível é a falta de interesse dos eleitores em política. Salvo alguns casos de ideologia, como acontecem em algumas regiões do País, o que notamos é que há, de uma forma geral, uma indiferença por parte daqueles que devem escolher o futuro do Brasil”, disse.
 
“O perfil dos eleitores na nossa cidade é semelhante ao de todo o País. O mais preocupante é o que a falta de acesso à informação de qualidade pode provocar e não necessariamente a ausência de escolaridade. Hoje existe uma preocupação muito grande com o que é verdade e as fakes news e como isso pode influenciar no momento da decisão por um candidato”, disse o professor de Direito Constitucional da Faculdade de Direito de Franca e Unifran, Fábio Cantizani Gomes. “Apesar de termos mais eleitoras mulheres, a representatividade delas em cargos eletivos é muito pequena e isso, sim, é algo que precisa mudar”, completou. 

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