Pesquisa eleitoral

Sempre nas campanhas eleitorais quando a imprensa televisiva ou jornalística divulga ou publica os resultados das pesquisas

28/08/2018 | Tempo de leitura: 2 min

Sempre nas campanhas eleitorais quando a imprensa televisiva ou jornalística divulga ou publica os resultados das pesquisas eleitorais, para nós eleitores fica a dúvida: será que devemos confiar nos dados apresentados de intenções de votos? Além da dúvida dos eleitores sempre existem diversas reclamações de candidatos e partidos políticos. As acusações são desde contradições, distorções, erros e falhas na metodologia da coleta dos dados, inclusive chegam a alegar má-fé na hora da divulgação-publicação dos resultados “pesquisados”.
 
Nessas eleições de 2018 não é diferente, porém as dúvidas são muito maiores, pois os números apresentados pelas instituições pesquisadoras estão em desacordo entre si e não retratam os comentários que se vê nas ruas e nas redes sociais. Há alguns pontos que precisam ser melhor analisados e que deveriam ser objeto de questionamento inclusive judicial. Em primeiro lugar em pergunta induzida, quando se indica nomes de candidatos, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não poderia aceitar o registro da pesquisa quando candidato inelegível e preso constasse da relação oferecida para resposta do entrevistado. Em segundo lugar, a forma de pesquisa é totalmente contrária e facilmente manipulada, pois o entrevistador (pesquisador) lê os questionamentos e ele mesmo coloca as respostas, sem dar oportunidade ao entrevistado pesquisado (cidadão) para que possa ver e confirmar que suas respostas foram colocadas da maneira correta como respondeu, ou seja, se o cidadão pesquisado respondeu uma coisa e de má-fé foi colocada outr
a resposta é uma fraude indetectável.
 
Outro ponto grotesco que em nosso entendimento deveria ser corrigido pelo TSE é o seu site, pois quando alguém procurar pela pesquisas eleitorais terá dificuldades em encontrá-las, pois a página não possui nenhum link de ajuda para que a pesquisa possa ser realizada. Agora quando se consegue acessar a pesquisa realizada, a mesma não oferece nenhum dado relevante, pois não mostra o resultado da pesquisa eleitoral que, conforme informação, não é armazenado no sistema. É lamentável, que existam pesquisas efetuadas que não foram divulgadas pela mídia e os cidadãos não conseguem acessar seus resultados.
 
Enfim, a pergunta a ser feita ao eleitor tem que ser espontânea e isenta, sem direcionar ou influenciá-lo para uma resposta de tendência ao interesse margeante do instituto de pesquisa, do contratante, do pesquisador ou da opção política de um destes. Não resta dúvida que deveria existir um controle mais rigoroso por parte do TSE para verificar a confiabilidade dos resultados apurados nas pesquisas, antes de permitir à sua divulgação e publicação pela imprensa - mídia. E isto não ocorre!
 
Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
toninhomenezes16@gmail.com

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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