Francielli Marina Funchal da Silva, 20, a mulher que tentou matar a facadas o sobrinho de apenas 1 ano e 8 meses, responderá por tentativa de homicídio triplamente qualificada. É acusada pelo Ministério de Público de ter agido por motivo torpe, com emprego de asfixia e mediante recurso que impediu a defesa da vítima, só não conseguindo matar por circunstâncias alheias à sua vontade. A denúncia feita pelo promotor Odilon Nery Comodaro foi recebida pela Justiça e ela se tornou ré.
A tentativa de homicídio aconteceu no dia 20 de junho no interior de uma residência do Jardim Paulistano. Segundo informações apuradas pela polícia, o menino estava na casa onde mora com a tia, os três filhos dela e a mãe, que, no momento do crime, estava trabalhando em uma plantação de café em São José da Bela Vista.
Franciele foi até o quarto e, com uma sacola de plástico, conseguiu amordaçar a criança e impedir que gritasse ou chorasse. Ela pegou uma faca e esfaqueou o próprio sobrinho. Alegando ter se arrependido, a mulher correu para a rua e pediu ajuda aos vizinhos, que acionaram o Samu. No quarto em que a criança foi esfaqueada, policiais encontraram bilhetes de Franciele com as frase “Você vai morrer” e “você nunca será feliz”. Segundo a própria acusada, as ameaças eram para a irmã dela, que é mãe da vítima.
Ela foi presa e alegou que estava nervosa com o choro da criança. Uma semana após ser esfaqueada, a vítima recebeu alta do hospital e voltou para casa. Francielli foi levada para o presídio de Tremembé, onde ficam famosos como Suzane von Richthofen e Ana Carolina Jatobá. “Nos casos de crimes de grande repercussão, as prisões têm que ser especiais, uma vez que as outras presas não admitem este tipo de prática. Se ficasse aqui na região, ela correria risco de morte. Por isto, foi levada para Tremembé”, disse o promotor.
Odilon Nery Comodaro não tem dúvidas de que a intenção da acusada era matar o sobrinho. “Depois de ter praticado o crime e imaginando que as lesões já fossem provocar a morte, ela correu e pediu ajuda dizendo que outra pessoa teria entrado na casa e esfaqueado a criança. No meu entendimento, ela tentou encobrir sua responsabilidade, atribuindo a autoria a outra pessoa, e querendo, efetivamente, matar a criança”.
Após a produção da prova em juízo, será decidido ser Francielli será levada ou não a julgamento perante o Tribunal do Júri.
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