Vereadores e empresários são presos pelo Gaeco


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Policiais durante ação realizada ontem: segunda fase da Operação Pândega movimentou toda a região
Policiais durante ação realizada ontem: segunda fase da Operação Pândega movimentou toda a região
Um trabalho conjunto da Polícia Militar com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), nas primeiras horas dessa terça-feira, terminou com a prisão de cinco políticos de Igarapava e dois empresários. Eles são acusados pela promotoria de envolvimento em um esquema de fraude e desvio de verbas em licitações no município entre 2013 e 2016. 
 
O cumprimento de sete mandados de prisão e 34 de busca e apreensão foi em Igarapava, Ribeirão Preto, Rifaina, bem como nas cidades mineiras Uberlândia, Uberaba e Delta. Foram presos os vereadores Cecília Carolina Silveira, a Cecília do Roberto, e Luís Antônio de Souza, o Tiekinha (PTB). Ambos foram eleitos em 2012 e reeleitos em 2016. 
 
Os ex-vereadores e atuais suplentes Ricardo Mateus, o Ricardinho Abobrinha (PSL); Jair Xavier Bisinoto, o Jubai (PSC); e João Gabriel Silveira (PTB), além dos empresários Márcia Maria da Silva, mulher de Tiekinha; e Bruno Bisinoto, filho do ex-vereador Jubai, também foram recolhidos à Cadeia Pública do Jardim Guanabara. Todos tiveram a prisão temporária de cinco dias decretada pela Justiça. Diversos documentos, computadores e quantias de dinheiro foram apreendidos pela PM e pelos promotores.
 
Segundo o Gaeco, os vereadores passaram a receber, desde 2013, uma espécie de “mensalinho” para formar a maioria da Câmara Municipal e, assim, conferir apoio político ao então prefeito Carlos Augusto Freitas (PSD), que está preso.
 
Esse favorecimento, de acordo com o Ministério Público, poderia se dar de diversas formas. O pagamento poderia ser em dinheiro, cheques, abastecimento e produtos diversos. Com a prisão dos vereadores, a Câmara Municipal de Igarapava será notificada para adotar as medidas cabíveis. Nos próximos dias, os presos e testemunhas devem prestar esclarecimentos.
 
Pândega
As prisões de ontem compuseram a segunda parte da Operação Pândega, que, em julho do ano passado, prendeu os irmãos Carlos Augusto de Freitas e Sérgio Augusto de Freitas, ambos ex-prefeitos de Igarapava, além de outros empresários envolvidos no esquema. 
 
Na ocasião, o Gaeco apurou que os envolvidos fraudaram procedimentos e dispensaram de forma indevida licitações, especialmente para prestação de serviços de transporte de pacientes da área da saúde e de estudantes, favorecendo determinadas empresas. Os desvios, ainda de acordo com o Ministério Público, estão na casa dos R$ 25 milhões.

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