Combate às drogas

Comemora-se hoje o Dia Mundial de Combate às Drogas, oportunidade que todos nós temos de refletirmos sobre a forma como a sociedade

26/06/2018 | Tempo de leitura: 2 min

Comemora-se hoje o Dia Mundial de Combate às Drogas, oportunidade que todos nós temos de refletirmos sobre a forma como a sociedade mundial está enfrentando a questão. De pronto podemos dizer que os programas de prevenção são escassos e os poucos existentes, mesmo que prestados graciosamente, muitas vezes são retirados das políticas públicas sem justificativas adequadas. 
 
O Estado, através de seus políticos mandatários, sabe perfeitamente que há uma relação direta entre o consumo de drogas e os índices de violência. Em outras palavras as drogas, além da questão de saúde, trás por conseqüência a questão da violência, através dos homicídios, dos roubos, furtos, seqüestros, estelionatos dentre outras tipificações criminais.
 
Todos nós sabemos que a conscientização contra o uso de drogas tem por início a educação, porém a classe política não estrutura a escola com profissionais devidamente preparados, aproveitando profissionais da própria rede de ensino que, em muitas ocasiões, como já assistimos, proferem palestras improvisadas que muitas vezes mais instigam a curiosidade ao invés de alertar contra as drogas. 
 
Quantas vezes, nós operadores do direito, assistimos ao desespero de familiares que buscam o Poder Judiciário, para fazer valer um direito consagrado na Constituição Federal, que é o acesso à saúde, matéria que se insere numa conseqüente política de combate ao uso de drogas.
 
Não poderíamos deixar de citar que há programas como o CAPS - Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (CAPS AD 24 horas). Porém face ao crescimento do número de cidadãos que se envolvem diariamente no mundo das drogas, o Programa é pequeno para a demanda.
 
O consumo de drogas é na atualidade o grande problema mundial, porém as formas utilizadas para seu “combate” tem se mostrado ineficientes, exatamente em razão de que não se combate as duas principais linhas, de um lado uma penalização mais pesada sobre o tráfico, que vive da fraqueza alheia e de outro lado lutar contra as causas que levam um “infeliz” ao consumo e a dependência química.
 
A propósito, em nossa geração, muitas vezes na juventude, fomos abordados, nas escolas, nos campinhos de futebol, através de pessoas bem vestidas com carros, motos, convites para festinhas suspeitas etc., porém nunca nos sucumbimos a tais atrativos, exatamente em razão de nossa personalidade, adquirida através de formação rígida e sólida. Outros achavam “bonito ser bobos”, adentrando ao mundo sem retorno das drogas, por falta de caráter e posicionamento. Infelizmente, além dos traumas familiares, muitos foram presos ou mortos.
 
Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
toninhomenezes16@gmail.com

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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