Primeiro de Maio

Muitos leitores nos pedem para que em datas comemorativas, como a de hoje, escreva histórias e estórias concernentes à data.

01/05/2018 | Tempo de leitura: 2 min

Muitos leitores nos pedem para que em datas comemorativas, como a de hoje, escreva histórias e estórias concernentes à data. Tempos atrás o dia Primeiro de Maio era muito festejado, principalmente pelos sindicatos dos empregados e patronal de nossa cidade. As atividades eram preparadas com bastante antecedência, inclusive com torneios esportivos entre as indústrias de calçados e curtumes, que disputavam até alguns atletas para se inscreverem em suas equipes.
 
Naquele ano, o feriado foi numa sexta-feira e o dia começou com uma alvorada com a Corporação musical São José, a famosa “Furiosa”, banda de música, instalada na Rua Saldanha Marinho, ao lado da padaria Antártica, no salão paroquial da igreja matriz. Dali os músicos subiam em caminhões da prefeitura e saiam tocando seus dobrados, acordando toda a cidade. 
 
Logo pela manhã iniciavam-se os torneios e os de futebol, como sempre, os mais disputados. Certa feita, nós que almejávamos ingressar na Força Aérea e, apesar de novo, já tínhamos um preparo físico diferenciado, fomos procurados para ser inscrito e competir por uma tradicional empresa da cidade, visto que corríamos muito e tínhamos um chute bem forte. Porém trabalhávamos no calçados Tasso, ali na Floriano Peixoto, que também disputaria o torneio, o que seria um complicador, porém aceitamos a proposta. Veio o primeiro jogo, o segundo e fomos avançando, até que nos vimos no mesmo campo com os colegas de calçados Tasso. Continuamos jogando, porém após ganharmos deles nos pênaltis, um chefe de setor nos reconheceu e me questionou “Toninho o que você está fazendo aí nesse time?” Precisava de uma saída, respondi, não sou o Toninho, sou seu irmão Juninho, muitos confundem! Aí começou a discussão, pois queriam anular a inscrição e por consequência o pênalti que bati. Bem sorrateiramente dei um jeito de sair dali, deixando que os diretores do sindicato resolvessem a questão. Porém como fazer para chegar no calçados Tasso na segunda-feira? A idéia de mudar o visual surgiu rapidamente. Nós que tínhamos a época cabelo bem longo, passamos o final de semana fazendo permanente — enrolando o cabelo. Assim na segunda-feira lá estávamos prontos para trabalhar, com o cabelo parecendo uma caixa de abelhas arapuã, deixando uma interrogação nos colegas de trabalho que a todo custo queriam conhecer meu irmão Juninho! Lógico que depois tudo virou brincadeira, mas não me esqueço desse primeiro de maio marcante.
 
Em outra oportunidade, talvez contemos fatos folclóricos dos jogos de handebol, inter fábricas, lá no Colégio João Marciano de Almeida. Bons tempos! Bom feriado à todos!
 
Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
toninhomenezes16@gmail.com

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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