Cargos em comissão

Após as eleições de 2016 e início da transição do governo municipal de Franca, ficamos esperançosos, pois a cada nome divulgado

06/02/2018 | Tempo de leitura: 2 min

Após as eleições de 2016 e início da transição do governo municipal de Franca, ficamos esperançosos, pois a cada nome divulgado para a composição da equipe do novo governo, sentíamos se tratar de pessoas competentes, sérias e detentoras de credibilidade perante os cidadãos francanos. Em janeiro de 2017, ao iniciar o novo governo, já começamos a sentir que as divergências internas começaram a crescer na administração pública municipal, houve alguns arranjos e modificações, que não conseguiram “aparar as arestas” e as questões e os entraves tornaram-se públicos, culminando com a saída de pessoas de nome e peso político, por não concordarem com a forma de administrar.
 
Na última semana, houve novamente exonerações que pegaram de surpresa os francanos, pois pessoas competentes e gabaritadas, conhecedoras de sua área de atuação, foram exoneradas, nos parece, por estarem contrárias aos interesses da administração municipal. E o pior é que, com todo nosso respeito, alguns dos que os substituirão não o serão por razões técnicas, mas tão somente por ligações político-eleitorais. Sempre pregamos que “o tempo é o senhor da razão” e mais dias ou menos dias talvez venhamos a conhecer os reais motivos de tais exonerações.
 
Há autoridades máximas do Poder Executivo que recebem informações totalmente deturpadas de alguns assessores diretos e não checam, não verificam in loco a realidade das coisas. A propósito outro dia encontramos um prefeito que disse estar tentando falar conosco, porém seus assessores lhe disseram que fizeram contato e que nós estávamos com a agenda lotada e não poderíamos atender a sua convocação, quando na verdade não recebemos nenhuma ligação daquela prefeitura. Assim acontece em várias situações, a autoridade sequer sabe o que está ocorrendo.
 
Enfim, os cargos em comissão, de livre nomeação e exoneração, através da evolução dos tempos, não são mais considerados como somente de confiança da autoridade que nomeia, mas sim se tratam de cargos de confiança também dos cidadãos, pois o nomeado tem que gozar de credibilidade na comunidade na função que irá exercer e não somente ser nomeado, por exemplo, em razão de que um parente foi candidato e concorreu ao pleito eleitoral na mesma chapa do prefeito eleito. Senhores, muito cuidado, depois que forem responsabilizados pelos atos praticados, não venham, como outros, dizer que não sabia de nada!
 
Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
toninhomenezes16@gmail.com

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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