Brasil

O Brasil que eu quero? Não este, estragado, complicado, defeituoso, rejeitado pela maioria dos brasileiros. Há, porém, outros brasis

02/02/2018 | Tempo de leitura: 2 min

O Brasil que eu quero? Não este, estragado, complicado, defeituoso, rejeitado pela maioria dos brasileiros. Há, porém, outros brasis, por trás deste viciado e emporcalhado, o que abre alguma perspectiva para sonhos e almejos. 
 
Tem o Brasil físico, que compreende terra farta e fértil. Como em Israel, com boa vontade e planejamento o agreste nordestino vira oásis. No resto, a gente sabe, em se plantando, tudo dá. Tem o Brasil das matas, florestas, minas de minério, ouro, ou pedras preciosas, como ametistas, critrinos, esmeraldas, rubelitas, turmalinas, e o diamante, mais raro, mas presente. Tem o Brasil sem terremotos, sem intempéries significativas como furacões, com vulcões extintos cujas entranhas fornecem água quente brotada da terra como na Pousada do Rio Quente e Araxá. Ensinaram-nos que o azul da Bandeira se refere ao céu. Acho que se refere à água em abundância na terra brasileira. Brasil da água, da extensa rede hidrográfica, dos ecossistemas diferenciados com múltiplas espécies viva de flora e fauna. Brasil dos segredos e possibilidades das entranhas da Floresta Amazônica, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica, da Zona Costeira e Marinha. Tem o Brasil do povo que na sua maioria levanta cedo, trabalha, luta, mas que também se diverte quando faz e participa de festas como Carnaval, Círio de Nazaré, Festa de São João, Lavagem do Bonfim, Parintins, Peão de Barretos e de outra Oktoberfest. Tem o Brasil do Tom Jobim, Ayrton Senna, Machado de Assis, Chico Xavier, Oscar Niemayer, Juscelino Kubstichek, Santos Dumont, Carlos Chagas, Pelé, Zilda Arns, Villa-Lobos. Tem o Brasil amalgamado feito por índios, negros, italianos, japoneses, alemães, franceses, portugueses e espanhóis. Tem o Brasil das lendas e das músicas. Das mulheres e homens bonitos, das mulheres e homens feios, de tantas crianças de futuro incerto. 
 
Mas tem outro brasil, entrave para o crescimento e o desenvolvimento nacional. O brasil da política suja, dos coronéis que mandam matar gente, dos magistrados que mandam soltar bandidos, dos políticos que só legislam pensando em tirar proveito, daqueles que mentem, roubam e sonegam. O brasil do alto índice de desemprego, da extrema violência e criminalidade, da poluição, do péssimo atendimento médico, da educação deficiente, da desigualdade social e da falta de oportunidade para a maioria. Um brasil abúlico e desesperançado. 
 
O Brasil que eu quero? Aquele que crescerá quando soubermos votar, dar fim na corrupção, achar que levar vantagem em tudo é injusto, desumano, acima de tudo, indecente. Nesse dia, a arrecadação de impostos como a recente de um trilhão e quatrocentos e cinqüenta milhões, aplicada em benefício do povo, será suficiente para dar perspectivas melhores para o futuro da nação. E dos brasileiros.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

Fale com o GCN/Sampi! Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Receba as notícias mais relevantes de Franca e região direto no seu WhatsApp
Participe da Comunidade

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.