Ética dos advogados

Durante anos ministramos aulas de ética na advocacia e, sempre comentamos que o profissional da área jurídica, apesar de ser um “contador de histórias”, narrando atos praticados inerentes a

19/12/2017 | Tempo de leitura: 2 min

Durante anos ministramos aulas de ética na advocacia e, sempre comentamos que o profissional da área jurídica, apesar de ser um “contador de histórias”, narrando atos praticados inerentes a casos concretos, nunca, jamais deveria se abster das verdades reais. Igualmente naquelas aulas alertávamos os futuros operadores de Direito que em todos os ramos de atividades há bons e maus profissionais, ou seja, em todas as funções humanas, dentre elas na advocacia, há péssimos profissionais, porém existem sim, e muitos bons, honestos, leais, competentes e principalmente com caráter e ética profissional. Todos nós sabemos que qualquer processo depende da visão do juiz, mas o sucesso do processo depende muito do procedimento do advogado, da maneira de agir, de expor os fatos reais e verdadeiros, do empenho em estudar e defender cada caso. Esse é o espírito da verdadeira advocacia.
 
Ocorre que nos últimos dias, para nós que constantemente abrimos mão de clientes que não querem defesa pautada na ética profissional, mas sim defesas “fantasiosas”, ficamos muito tristes em ouvir, para casos indefensáveis, teses de defesas que somente denigrem a classe dos advogados. Conhecemos a história de profissionais que sucumbem ao assédio provocado pelo pagamento de honorários, casos em que claramente denota-se que o cliente, muitas vezes que cometeu crime que deixa revoltada toda uma sociedade, somente quer um advogado “contador de estórias”, no intuito de protelar, tumultuar e atrasar os andamentos processuais, além do que divulgam tais teses mirabolantes na imprensa como se fosse um “ícone” a ser seguido. Teses que com certeza irão parar nos relatos de “folclore jurídico”. Igualmente o Poder Judiciário deveria arguir litigância de má-fé, para aqueles profissionais da advocacia que, mesmo conhecedores dos fatos, alegam e peticionam de forma mentirosa e ardilosa. Nós analistas e professores de Direito, gostaríamos que algum dia em todos os processos a discussão se pautasse com equilíbrio e educação e não com revanchismos e nem petições iniciais e defesas ofensivas, como temos visto em nossa atividade. Enfim que todos os profissionais e operadores do direito efetuem uma reflexão crítica de como tem se comportado profissionalmente, pois para ser um bom profissional não é necessário contar “estórias” ridículas!
 
Bom Natal e ótimo Ano Novo: Caro leitor, em razão das datas comemorativas serem nas vésperas da publicação de nossa coluna semanal, retornaremos somente no próximo dia 09/01/2018. Dessa forma antecipamos nossos votos de Boas Festas e um 2018 muito abençoado!
 
Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
toninhomenezes16@gmail.com

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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