Anta


| Tempo de leitura: 2 min
 
Este animal tem olhos pequenos e não enxerga bem. Por isso, quando se sente ameaçado, sai correndo pela mata batendo a cabeça nas árvores e galhos. Este fato deu ao bicho a fama de ‘ignorante.’ 
 
Apesar da aparência robusta, as antas carregam um título bem delicado: jardineiras das florestas. É que elas  são importantes dispersoras de sementes – por meio das fezes –, garantindo assim a formação e a manutenção de árvores e plantas. E, por consequência, da biodiversidade de que todas as espécies dependem para sobreviver.
 
Antas possuem hábitos noturnos e se alimentam de vegetais como frutas, folhas, gramas e brotos. São animais solitários e formam casais somente no período de reprodução. Durante essa fase, os machos emitem assobios estridentes para atraírem as fêmeas. Depois do cruzamento o casal se separa.  
 
Existem no mundo quatro espécies de antas. A anta-da-montanha, que vive nos Andes, a anta-centro-americana, que vive na América Central. A anta-malaia, que vive no Sudeste-Asiático. E a  anta sul-americana ou brasileira, que pode ser encontrada em 11 países da América do Sul. Esta diversidade não impediu, infelizmente, que todas elas estejam listadas como ameaçadas de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Os motivos? Caça ilegal, desmatamento, expansão agrícola e atropelamentos.
 
No Brasil, a espécie é encontrada nos biomas Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal e Amazônia. 
 
Na língua tupi, o nome da anta é ‘tapir’, que significa ‘boi da floresta’. Os indígenas, assim como muitos outros povos antigos, tinham o hábito de olhar o céu e dar nomes aos conjuntos de estrelas. Entre esses conjuntos, segundo a astronomia indígena, estaria a  curiosa constelação “Anta do Norte”. A Constelação de  Tapir  fazia parte da mitologia dos  índios brasileiros que habitavam a Região Norte e Nordeste do Brasil. Ela se encontra na Via Láctea, ou melhor, na região de ‘Tapi’i rapé’ (Caminho da Anta), como é conhecida pelos tupis-guaranis. Seu contorno realmente lembra o animal.

Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Comentários

Comentários