Ouro Preto transpira história com casarões e igrejas do século 18


| Tempo de leitura: 2 min
A Praça Tiradentes com o Museu da Inconfidência ao fundo
A Praça Tiradentes com o Museu da Inconfidência ao fundo
Há muitas maneiras de conhecer as principais cidades históricas de Minas Gerais. Há quem prefira pegar o carro e sentir a estrada com o mapa na mão. Ou é possível escolher uma cidade como ponto de partida, como Ouro Preto (a 98 km de Belo Horizonte), que tem boas opções de hospedagem e de restaurantes.
 
Em quatro dias, a professora Simone Perin Díez Corrêa, 52 anos, passou por Belo Horizonte, Ouro Preto, Mariana e Congonhas do Campo. "Gostamos muito de Ouro Preto pela riqueza de obras sacras, pelo estilo colonial da cidade e pela quantidade de igrejas. São 13 no estilo barroco, uma mais linda do que a outra. Há muitas obras de arte e muito ouro, o que deixa as igrejas ainda mais bonitas", conta Simone, que viajou para lá há quatro anos. "As casas têm sacadas de ferro e parecem ser parte de um cenário. Também nos chamou a atenção a excelente culinária, com muita fartura nos pratos típicos mineiros. Uma delícia!", completa a professora. Arroz, tutu de feijão, doce de leite, muito queijo e cachaças estão sempre presentes no cardápio. A única reclamação de Simone é a de quase todo o turista: as imensas ladeiras da cidade. "As ladeiras de paralelepípedos dão uma canseira nos sedentários com calçados inadequados", lembra a professora, que indica um par tênis confortável aos viajantes.
 
O preparo físico é bem-vindo, já que a cidade é um museu a céu aberto. Ao caminhar pelo centro, é possível descobrir mais da história de alguns casarões identificados, em que viveram nomes importantes da Inconfidência Mineira (1789).
 
Ouro Preto, como outras cidades históricas da região, ainda tem minas de ouro desativadas abertas à visitação. "Ouro Preto é charmosa, com belas ladeiras que nos fazem sentir realmente numa cidade brasileira colonial. As pessoas são receptivas e acolhedoras. O passeio das igrejas se contrapõe ao das minas, onde acontecia a escravidão do ouro. Depois que você vai às minas, percebe que toda a cidade foi construída em cima da escravidão, o que acaba nos fazendo pensar o quanto de absurdo aconteceu ali", avalia a escritora Gê Martins, 35 anos. Gê, que viajou de carro com amigos, subiu todas as ladeiras, mas reclama dos guias da cidade. "O lado ruim é que os agentes de turismo fazem abordagem a toda hora. Não há um passo que você dê sem que alguém lhe ofereça um passeio."

Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Comentários

Comentários