A égua e a água
A égua olhava a lagoa
Com vontade de beber água
A lagoa era tão larga
Que a égua olhava e passava...
Bastava-lhe uma poça d’água
Ah, mas só daqui a algumas léguas
E a égua a sede aguentava
A égua andava agora às cegas
De olhos vagos nas terras vagas
Buscando água
Grande mágoa!
Pois o orvalho é uma gota exígua
E as lagoas são muito largas
Cecília Meireles (1901 - 1964),
poeta e cronista
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