Mudanças no 1º escalão

Estão sendo anunciadas alterações no primeiro escalão municipal. Nós, pós-graduado em Administração Pública, pela Universidade

01/08/2017 | Tempo de leitura: 2 min

Estão sendo anunciadas alterações no primeiro escalão municipal. Nós, pós-graduado em Administração Pública, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, novamente assistimos aos mesmos problemas da maioria das administrações municipais, ou seja, num primeiro momento os apoiadores de campanha, chamados “puxadores de votos” são nomeados, em respeito ao eleitorado. Posteriormente iniciam-se os atritos internos entre o que se propôs e o que efetivamente se quer, em razão de compromissos de “governabilidade” (obtenção de maioria na Casa Legislativa). Transferem-se aqueles que estão obtendo resultados positivos, conduzindo-os para outras pastas que talvez nem dominem. Outros saem em razão de motivos não revelados. Dessa forma vai se perdendo as diretrizes inicialmente traçadas que levaram a eleição.
 
A verdade é que, apesar da maioria dos políticos pregarem em suas campanhas que implantarão uma administração pública nos moldes da iniciativa privada, quando no poder continuam a serem os mesmos centralizadores de sempre, apenas escondendo suas atitudes, quase ditatoriais, tentando dar um aspecto democrático. Bastando citar, por exemplo, que a maioria dos agentes públicos são proibidos de concederem entrevistas, tudo centralizado no gabinete de governo. 
 
Senhores políticos, detentores do poder, existe na administração uma palavra — descentralizar — que implica a transferência efetiva de poder decisório, sobre prioridades governamentais. Portanto as autoridades nomeadas têm que ter autonomia dentro dos limites pré estabelecidos e não ter que a tudo “pedir autorização” no gabinete, pois assim de nada adiante ter uma “equipe”. Ora, se confia ou não na autoridade nomeada! Dessa forma administradores perdem horas e horas resolvendo “picuinhas” operacionais, enquanto os grandes problemas e projetos maiores permanecem em compasso de espera.
 
Enfim, com todo nosso respeito, de nada adianta trocar nomes se as condições de trabalho permanecem centralizadas no gabinete. Assim, provavelmente no início do ano teremos mais “dança de cadeiras” na administração e os problemas gerenciais e burocráticos permanecerão os mesmos.
 
PATRIMÔNIO PÚBLICO: Com relação a um imóvel do município que foi ilegalmente comercializado, gostaríamos de deixar a questão: Nossas autoridades sabem e conhecem efetivamente a situação real de todo o patrimônio imobiliário do município? Os que estão ocupados ilegalmente, aqueles transferidos e que não cumpriram os compromissos de transferência, aqueles esquecidos etc.? Cuidado! Isso é improbidade!
 
Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
toninhomenezes16@gmail.com

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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