Diariamente, por volta das 10 horas, o mundo “para” por alguns momentos em uma residência localizada na região central de Franca. Após tomar café, em uma cadeira disposta em frente à mesa da sala de jantar, está a dona de casa aposentada Maria Antonieta Caleiro, de 94 anos. À sua frente, há um exemplar do Comércio da Franca, cuja assinatura é anterior ao seu nascimento, já que a família Caleiro é leitora do jornal há 101 anos.
Seu “ritual” de leitura vai desde o local onde se senta até as editorias às quais dedica seu tempo. Desde que aprendeu a ler, quando criança, Maria Antonieta carregava um Comércio nas mãos. Colunas sociais, obituários, notícias de Franca e região e os artigos religiosos do monsenhor José Geraldo Segantin, além das receitas da presidente do Conselho Consultivo do GCN Comunicação, Sonia Machiavelli, são algumas das seções que ela destaca do jornal centenário.
Assim que termina sua leitura, Maria Antonieta entrega o jornal para uma de suas cuidadoras, que trabalha em sua casa há 67 anos. Ela e as outras funcionárias também são leitoras assíduas do jornal. Segundo a filha da aposentada, Suzana Maria Caleiro Palma Chedid, ler o Comércio é uma tradição passada entre gerações e pessoas que convivem com a família. “Minha mãe adquiriu esse hábito com seus pais e passou adiante. Eu e meus quatro irmãos fizemos o mesmo com os nossos filhos. É algo tão tradicional e enraizado, que sentimos falta de ler quando não estamos em Franca” disse a professora, que apresentou uma solução para esse “contratempo”: acessar o portal GCN, onde a família pode conferir as notícias atualizadas da cidade, da região, do País e até do mundo.
Entre as reportagens mais marcantes para a assinante mais antiga do Comércio, nesses 101 anos de histórias entrelaçadas, estão as diversas matérias de superação, os momentos decisivos da Igreja Católica e uma mais recente: a Gazetilha do dia 25 de junho de 2017. Na coluna, o jornalista Corrêa Neves Jr narra sua relação com o meio-irmão, Rafael, e descreve a força dele diante de uma doença. “Sem dúvida, foi algo que marcou toda nossa família, principalmente minha mãe. A sensibilidade utilizada pelo Júnior, as palavras escolhidas e a forma como ele escreveu nos chamou atenção, pois vivenciamos algo semelhante. São por matérias e artigos assim que o Comércio permanece como nossa primeira opção de leitura e objeto de tradição na família”, destacou Suzana.
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